Ainda sem quadra de ensaios, o Combinado do Amor tem realizado seus eventos em espaços culturais da comunidade. Desta vez a festa será na Rua Garibaldi, 147, no Caramujo, dia 2 de julho,a partir das 16h. Para o diretor de carnaval da Escola, Paulinho Sants a participação do comércio local é fundamental. “Contamos muito com a parceria de empresas margeiam o Caramujo. Estamos esperançosos”, declarou Sants à reportagem da Cadência. A fundação de uma nova Liga no carnaval de Niterói é outro fator positivo apontado pelo diretor. “É fundamental no nosso projeto que a LESNIT (Liga das Escolas de Samba de Niterói) venha a ser a organizadora do carnaval da cidade. Daríamos um salto gigantesco em termos de gestão de carnaval”.
Novo cargo - O diretor de carnaval assumiu o posto recentemente a convite do presidente Carlos Xororó. “Ano passado depois que sai da União da Engenhoca, o presidente Xororó me convidou para ser diretor de harmonia do Combinado, e esse ano me fez o convite para assumir o posto de diretor de carnaval. Posto que me agrada muito, é a minha praia. Acredito que hoje um diretor de carnaval não seja mais um mero moleque de recado entre presidente e carnavalesco. Engloba muita coisa. Seria um coaching, palavra que está na moda, atuando em vários setores da escola e ajudando com isso num todo na agremiação. Fique muito feliz com esse convite pois veio de um presidente que admiro muito e fazer parte de uma agremiação como o GRES COMBINADO DO AMOR pra mim é um prazer imenso. Sou fã dos grandes pavilhões da cidade e o Combinado é um desses”, vibra Paulinho.
Festa – Para celebrar o início dos trabalhos rumo ao carnaval 2018, o Combinado do Amor pretende fazer uma grande festa para a comunidade e convidados. “Pensamos para o evento uma temática em cima do enredo. Estamos em contato com algumas representações culturais afros para que os presentes se sintam por algumas horas na boa e velha Bahia”, disse o Diretor . A data definida para o primeiro evento rumo a 2018 foi uma sugestão foi do carnavalesco Índio Garcia. "Escolhi o dia 2 de julho porque simboliza a data da verdadeira independência da Bahia e do Brasil. Com ajuda de sertanejos e índios o povo baiano conseguiu expulsar os portugueses daquela região, representando para o povo baiano sua independência”, explicou Índio.
Programação – Além das atrações temáticas preparadas pela diretoria do Combinado, haverá apresentação da nova diretoria, lançamento oficial do enredo e entrega da sinopse aos compositores. O carnavalesco Índio Garcia estará à disposição para esclarecimentos não só no dia do evento mas também nas redes sociais. “Farei uma explanação e apresentação em vídeo. Mas também vamos criar um grupo de Whattsap com os compositores onde as dúvidas serão sanadas, informações sobre a apresentação dos sambas, assim como todos os nossos eventos. A ideia é que todos estejam munidos da mesma informação ao mesmo tempo“, informou o carnavalesco
Confira a justificativa e sinopse do enredo do Combinado do Amor:
"Da África à negra Bahia, ecoam os tambores- Raça, fé, cultura e sabores"
JUSTIFICATIVA
O GRES COMBINADO DO AMOR traz para o carnaval 2018 em Niterói um enredo que irá exaltar a negritude da Bahia intitulado: Da África à negra Bahia, ecoam os tambores- Raça, fé, cultura e sabores. Nosso fio condutor a África seguia seu próprio desenvolvimento com grandes Civilizações e impérios, no século XV até chegada dos portugueses em busca de riquezas daquele continente. Na chegada ao Brasil os negros eram trazidos como mercadorias e aqui desembarcados e substituídos por açúcar, explorados nas lavouras de café, nos garimpos e nos engenhos. Descoberta em 1501, Salvador recebe o nome de Baia de todos os santos conhecida também como Roma Negra ou Meca da Negritude território africano. Por possuir mais negros fora da África em todo mundo, se tornando a primeira capital do Brasil. Salvador recebeu o nome de Terra de fortes, não apenas por causa das fortalezas construídas, mas pela força, bravura e coragem de sua gente. A cidade de Salvador é um dos lugares raros onde seu povo conhece e preserva sua história, enaltecendo a todo o momento, a raiz de sua gente a força e raça do negro ali instalado. Faremos essa viagem revivendo fatos, religião, cultura e culinária que marcaram a Bahia desde o descobrimento, aos dias de hoje.
O Mar da baia de todos os santos recebeu os desembarques portugueses em 1548, trazendo os primeiros negros, vindos de além-mar. Sua contribuição nas lavouras de café, canaviais e garimpo, os quilombos formados pela rebeldia, a Revolta dos Males, a Guerra de Canudos, a fé retratada pelo surgimento do candomblé, onde Xangô foi o orixá que os negros transportaram para o Brasil, personagem central de vários mitos heroicos dos Iorubanos e como símbolo da fé baiana terá mãe Menininha do Gantois, filha de Oxum como exemplo.
O baiano nutre também sua fé no sincretismo religioso e tem como exemplo maior a Igreja do Senhor do Bonfim representado como Oxala, Nossa Senhora da Conceição como Oxum, Nossa Senhora dos Navegantes a Iemanjá e Santa Bárbara a Iansã
A fé católica nos deu de presente um anjo de bondade que foi Irmã Dulce, a Dulce dos pobres, uma mulher guerreira. Com os negros libertos a cultura brasileira enriquece ainda mais com seus temperos, ritmos e danças destaques para os grandes Maracatus, as Congadas, o Jongo, a capoeira, o Samba dentre outros. Essas sonoridades a flor da pele ajudaram a surgir mais tarde os Blocos Afros, os Afoxés, onde não podemos deixar de falar no fenômeno que foi o surgimento do Trio elétrico e o Axé Music um som genuinamente baiano, o Samba Reggae, assim como a Timbalada exaltando o verdadeiro carnaval da Bahia. Nosso ultimo setor é a culinária baiana que ao mundo encantou com seu tempero forte e especial, pratos típicos no tabuleiro da sinhá; Moqueca, acarajé, caruru e vatapá, onde a tradicional Baiana de Acarajé se tornou um patrimônio cultural de Salvador, distribuindo simpatia, alegria e hospitalidade a quem chegar.
Assim como a Bahia, o Combinado do Amor resgata o seu passado de glórias e a sua história no carnaval da Cidade como uma das mais antigas escolas de samba do Brasil. Iremos contar, através da Etnia de um povo, na formação de um Estado, estampado no rosto a alegria e valentia de uma gente de valor, retrato de uma nação. Por tudo isso, o Combinado pede axé exaltando a Bahia de São Salvador, rufando os tambores num canto de fé e que o Senhor do Bonfim, olhai por vocês e por mim!
O GRES COMBINADO DO AMOR traz para o carnaval 2018 em Niterói um enredo que irá exaltar a negritude da Bahia intitulado: Da África à negra Bahia, ecoam os tambores- Raça, fé, cultura e sabores. Nosso fio condutor a África seguia seu próprio desenvolvimento com grandes Civilizações e impérios, no século XV até chegada dos portugueses em busca de riquezas daquele continente. Na chegada ao Brasil os negros eram trazidos como mercadorias e aqui desembarcados e substituídos por açúcar, explorados nas lavouras de café, nos garimpos e nos engenhos. Descoberta em 1501, Salvador recebe o nome de Baia de todos os santos conhecida também como Roma Negra ou Meca da Negritude território africano. Por possuir mais negros fora da África em todo mundo, se tornando a primeira capital do Brasil. Salvador recebeu o nome de Terra de fortes, não apenas por causa das fortalezas construídas, mas pela força, bravura e coragem de sua gente. A cidade de Salvador é um dos lugares raros onde seu povo conhece e preserva sua história, enaltecendo a todo o momento, a raiz de sua gente a força e raça do negro ali instalado. Faremos essa viagem revivendo fatos, religião, cultura e culinária que marcaram a Bahia desde o descobrimento, aos dias de hoje.
O Mar da baia de todos os santos recebeu os desembarques portugueses em 1548, trazendo os primeiros negros, vindos de além-mar. Sua contribuição nas lavouras de café, canaviais e garimpo, os quilombos formados pela rebeldia, a Revolta dos Males, a Guerra de Canudos, a fé retratada pelo surgimento do candomblé, onde Xangô foi o orixá que os negros transportaram para o Brasil, personagem central de vários mitos heroicos dos Iorubanos e como símbolo da fé baiana terá mãe Menininha do Gantois, filha de Oxum como exemplo.
O baiano nutre também sua fé no sincretismo religioso e tem como exemplo maior a Igreja do Senhor do Bonfim representado como Oxala, Nossa Senhora da Conceição como Oxum, Nossa Senhora dos Navegantes a Iemanjá e Santa Bárbara a Iansã
A fé católica nos deu de presente um anjo de bondade que foi Irmã Dulce, a Dulce dos pobres, uma mulher guerreira. Com os negros libertos a cultura brasileira enriquece ainda mais com seus temperos, ritmos e danças destaques para os grandes Maracatus, as Congadas, o Jongo, a capoeira, o Samba dentre outros. Essas sonoridades a flor da pele ajudaram a surgir mais tarde os Blocos Afros, os Afoxés, onde não podemos deixar de falar no fenômeno que foi o surgimento do Trio elétrico e o Axé Music um som genuinamente baiano, o Samba Reggae, assim como a Timbalada exaltando o verdadeiro carnaval da Bahia. Nosso ultimo setor é a culinária baiana que ao mundo encantou com seu tempero forte e especial, pratos típicos no tabuleiro da sinhá; Moqueca, acarajé, caruru e vatapá, onde a tradicional Baiana de Acarajé se tornou um patrimônio cultural de Salvador, distribuindo simpatia, alegria e hospitalidade a quem chegar.
Assim como a Bahia, o Combinado do Amor resgata o seu passado de glórias e a sua história no carnaval da Cidade como uma das mais antigas escolas de samba do Brasil. Iremos contar, através da Etnia de um povo, na formação de um Estado, estampado no rosto a alegria e valentia de uma gente de valor, retrato de uma nação. Por tudo isso, o Combinado pede axé exaltando a Bahia de São Salvador, rufando os tambores num canto de fé e que o Senhor do Bonfim, olhai por vocês e por mim!
INTRODUÇÃO
O
G.R.E.S. COMBINADO DO AMOR vem contar que muitos brasileiros de hoje descendem
de povos africanos, por isso, conhecer a história da África com a Bahia, nos
faz conhecer melhor nossa própria história.
O Brasil é o país que mais possui pessoas de
origem africana e Salvador é a cidade mais negra do mundo fora da África.
O jeito de pensar e
agir do africano traçou com pinceladas sutis e definitivas a maneira de viver e
conviver na Bahia,
“meu dengo”.
A
força vital da sua cultura foi mais forte do que a chibata, a água benta e o
sangue que se adicionou no decorrer do tempo – A Mama África, foi mãe da Bahia
e a Mama Bahia, mãe de todos. Ser negro é ser baiano e vice versa, não é apenas
nascer na Bahia e sim, um estado de espírito, uma filosofia "vixe mainha”.
Os negros podem ser tudo na concepção de vida
baiana: Ser historia símbolos e lendas, ópera, som, musica e dança joia rara- pérola
negra, "meu rei"!
Liberdade!
Cantei, dancei e festejei, no rufar dos tambores, louvei aos meus orixás.
Baiana gira, mostra como é que se faz e ao descer do Orum, vira à bela Oxum,
trazida nos braços da paz.
A Baía de Todos os Santos recebe o povo
de além-mar, retratando suas origens africanas. É de arerê, ilê, ijexá, suas
sonoridades, cores, sabores, patuás e a culinária que ao mundo encantou com seu
tempero especial. Como seria a Bahia
sem o legado da cultura africana?
Talvez não se comeria o que se come hoje, não
rezaria o que se reza e como se reza, não teria o gingado na dança que os
escravos praticavam nos meios dos canaviais, o colorido na arte, a força na
musica, riquíssima herança cultural trazida pelos milhares de escravos vindos
da África ioiô, sobreviventes do ventre da besta – o porão dos navios negreiros.
A bagagem era apenas na alma, mas o que o negro te trouxe, Bahia?
Cidade
de guetos e cores, onde esquece a tristeza e a pobreza, superando as dores com
alegria e maestria, nas mãos: terço, arruda, guiné e tanta fé, no canto
candomblé.
A noite cai, os tambores ecoam anunciando a transformação,
força e valentia onde das pedras negras no chão do pelourinho em São Salvador, surge a negra alquimia, que no
passado foram encharcadas com o sangue dos escravos, hoje brota cultura em um
dos mais belos conjuntos arquitetônicos Brasileiros, patrimônio da humanidade.
Todos os cantos na ladeira do "Pelô" nossa matriz nagô, teve
suas heranças preservadas pela resistência de um povo, retrato de uma nação.
A arte negra banha a Bahia que ostenta em cor, som e
dança, a vitória da esperança, afinal negro é raça, não chora, canta! Negro não
sucumbe, supera!
Na formação de um Estado, na etnia de um povo, Sou eu... A negra mãe da
humanidade. Negro raça, negra cor, a
raiz da Liberdade. Meu samba é isso, afro mestiço é “massa”. Baiano sou eu é você, somos nós, em uma só voz... Uma
gente de valor!
Firma o batuque no terreiro, bate o tambor mandingueiro, Salve a Bahia
de São Salvador!
Axé “Mãe África”
SINOPSE
Até o século XV a África
seguia seu próprio desenvolvimento, com importantes estados civilizações e
impérios, destaques para as civilizações de Daomé e Ioruba. Os portugueses são os
primeiros a chegar à África pelo Oceano Atlântico, em busca de ouro, marfim
e sal, riquezas daquele continente. E como mercadorias os negros
eram transportados em navios negreiros, que chegavam a levar 600 africanos
amontoados nos porões (tumbeiros). Muitos se jogavam no mar como
resistência à escravidão, como se o mesmo, os fossem devolver à África. Dos
séculos XVI a XVIII vieram a maior parte dos escravos de diversas nações como:
da Guiné, de Angola, Ilê Ifé, nagô, Gegê entre outras.
Na chegada ao Brasil, eram desembarcados e substituídos por açúcar na
viagem de volta. Aqui foram explorados nos engenhos de cana-de-açúcar, nas
lavouras de café, nos garimpos.
Salvador é a capital do estado da Bahia,
descoberta em 1501 a
1 de novembro, a cidade recebeu o nome de Baía de todos os Santos e
nessa altura foi um dos portos mais movimentados do continente Americano. Os primeiros desembarques
aconteceram na Bahia, em 1548 e se estenderam a Pernambuco e Rio
de Janeiro. De
1549 até 1763, Salvador foi a primeira capital do Brasil e conhecida
como a cidade de
"Fortes” não apenas por causa das fortalezas construídas para
defendê-la, mas pela força, coragem e heroísmo de sua gente. O baiano
foi formado por índios, europeus e
negros. A mais importante data cívica de Salvador e da Bahia faz referencia
ao dia 2 de julho de 1823 datas da verdadeira independência da Bahia e
do Brasil conquistada com suor e
o sangue do exercito baiano auxiliado por gente do povo como
os índios, negros e sertanejos, onde mais tarde realmente expulsariam os
portugueses de Salvador e do Brasil. O negro então se debateu tendo que
se adaptar a uma sociedade que lhe foi imposta e da qual usufruiria apenas uma
parte restrita não sendo permitida a subsistência da estrutura social negra na
nossa terra e a camada mais baixa da sociedade. Como reação a essa humilhação,
aumentou o número de fugas e a melhor forma de resistência foi à
organização dos quilombos.
Em 1835
acontece a Revolta dos Males, realizada pelos escravos de
origem islâmica que serviu para demonstrar as autoridades o potencial de
contestação sobre o regime vigente da época em não desenvolverem aqui, suas
culturas inclusive as religiosas, com eles vieram seus costumes, crenças,
danças e todo o manancial de cultura que aos poucos foram se incorporando
à nossa formação. As diversas expressões
folclóricas ostentam a riqueza do imaginário popular, a miscigenação
aumenta, nasce o sincretismo religioso através das Irmandades dos Homens
Pretos e de terreiros, destaque o da Casa Branca, a casa de candomblé
mais antiga em Salvador, iniciando assim o candomblé
na Bahia por volta de 1850, celebrando nos terreiros dos orixás, os cultos afro-brasileiros, unindo
as raças em seus rituais. O Candomblé no Brasil
tem divindades de vários cultos e nações de matrizes africanas
onde em toda
Bahia, multiplicaram-se os templos e espaços religiosos e a população afra, exerce
de forma plural a diversidade religiosa.
Xangô foi o
orixá que os negros transportaram para o Brasil e que passou a designar
o local das cerimônias ritualísticas tal seu apego se deve entre outras coisas,
pelo fato de que antes de ser santo,
xangô é o personagem central de vários mitos heroicos dos Iorubanos onde para sobreviver das lamurias da
escravidão os negros se prenderam a sua herança religiosa.
Por muito tempo o negro levou
nos ombros o fardo da escravidão, mas levantou a cabeça e apesar
dos grilhões, não se esqueceu de sua origem
e de sua grandeza. Aqui
a cultura negra se integrou, criando uma verdadeira identidade afro-brasileira.
Terra dos orixás, patuás e babalorixás, culto a todos os Santos,
ritos e mitos, a Bahia destaca Mãe
Menininha do Gantois o rosto da bondade, temos também as três casas africanas -
a Casa de Angola, a da Nigéria e a do Benin, as casas são centros culturais independentes
da religião do candomblé. Com os negros
libertos em 1888 no Brasil, enriqueceram o idioma português e
fecundou a cultura brasileira
com seus temperos, ritmos e
danças, com a percussão de
seus tambores, criando aqui os vistosos Maracatus, as
Congadas, o Jongo, Ijexás, Afoxés, o Frevo, o samba e tantas outras, tendo a
capoeira vinda de Angola,
onde
jogar capoeira na Bahia
é, para os seus praticantes, um manifesto de liberdade preservando
assim, a herança dos antepassados africanos
que viram nessa forma de expressão uma estratégia para comunicarem entre
si e se protegerem física e espiritualmente, acobertando-se nas sombras da musica
dos berimbaus "ê camará" numa festa sagrada e profana que
é a cara da Bahia.
Outro fato marcante na Bahia foi a Guerra
de Canudos de 1896 a 1897, fruto de
uma série de fatores como a grave crise econômica e social. Canudos na verdade
se chamava comunidade de Belo Monte uma espécie de quilombo povoado por negros,
índios, sertanejos e ex-escravos. A Igreja do Bonfim é um
dos maiores símbolos do sincretismo religioso do Estado Conhecida pela fé que
os baianos nutrem pelo padroeiro da cidade e aos santos católicos. O
Senhor do Bonfim é sincretizado com Oxalá, pai de todos os
orixás, Oxum a Nossa Senhora da Conceição, Iemanjá é associada a Nossa Senhora dos Navegantes, Iansã
a Santa Bárbara e Xangô a São João
Batista e São Jerônimo. No mês de maio, acontece uma das cerimônias do
candomblé realizadas ao ar livre um cortejo da fé é a festa do “Bembé do
Mercado”, que celebra o fim da escravidão no Brasil. Uma das figuras
carismáticas e símbolo de fé baiana no catolicismo, foi Irmã Dulce, a Dulce
dos pobres, o anjo bom da Bahia uma mulher guerreira que
encontrava na fé a força pra levar o acalanto aos mais necessitados. Em junho, especialmente no dia
23, a Bahia inteira comemora o São João. O festejo é uma homenagem a
João Batista, com rituais, fogueiras e balões, que se misturam às comidas
típicas ao santo católico. A cultura
baiana, em Salvador, reflete estes números de tal forma que a cidade
é também chamada de "Roma Negra" ou "Meca da Negritude”. Uma das importantes comemorações
litúrgicas da fé brasileira acontece no mês de agosto é a Festa da Boa
Morte. Senhoras negras, com mais de 50 anos, saem em cortejo pelo centro
da cidade, vestidas como verdadeiras rainhas, em devoção à Dornição de Maria aos
céus.
A Bahia é um dos Estados mais sonoros do país, têm na sua musicalidade os blocos afros e o Afoxé
Filhos de Gandhy criado em 1949, o mais antigo bloco afro o Ilê
Ayê surgiu por volta de 1974, abrindo caminhos para os demais como: Malê
Debalê e o Olodum em 1979, o Muzenza em 1981, Cortejo
Afro em 1998 e o Bankoma em 2000, dentre outros valorizando assim
a cultura negra na Bahia e a luta contra o preconceito através do som
percussivo dos tambores que nasce na tentativa de reproduzir a musica africana
tendo como forte influência, o Samba. Impossível falar da Bahia sem
mencionar um som que possibilitou a eletrização dos frevos e marchinhas, o trio elétrico de Dodô e Osmar, em 1950. Outro gênero
musical que surgiu na Bahia, ano de 1980 o “Axé
Music” misturava o Ijexá, merengue, forró, samba duro, pop rock e ritmos do
candomblé. Em 1991 surgia a Timbalada uma banda de samba-reggae criada por Carlinhos Brown um ritmo que é
a cara da Bahia e do carnaval em
Salvador, um verdadeiro caldeirão sem igual, uma das maiores expressões culturais de seu
povo.
A culinária baiana é
caracterizada pelo tempero exótico à base de azeite de dendê, leite de coco, amendoim, milho, mandioca, de
pratos à base de batata, bolos, canjicas, pamonhas, pipocas, gengibre,
frutos do mar e pimenta, heranças da cultura
africana. O acarajé, o caruru e o vatapá são pratos típicos do
tabuleiro da sinhá de fama internacional, que podem ser degustados,
nas ruas de Salvador. A baiana é um dos principais símbolos da influência africana na cultura
da Bahia. Personagem tradicional das festas populares e nas ruas de Salvador.
Conhecida também como “baiana de acarajé” vende seus quitutes em
vários pontos da cidade, distribuindo sorrisos e simpatia que são
uma marca da hospitalidade
do povo baiano e patrimônio cultural. Terra da alegria, bem vindo ao carnaval
da Bahia!
Combinado do Amor exalta a Bahia de
São Salvador, território africano. “Baía de todos os santos, valei-me nossa
senhora, mãe do Senhor do Bomfim, olhai por mim”.
O que é que no Tabuleiro da Baiana tem?
Tem
moqueca, acarajé, caruru e vatapá, o dendê da sinhá, não pode faltar. Ê Bahia!
Fonte
consultada: Wikipédia.org. Bahia Brasil, O Candomblé na Bahia, trechos
de musicas e poesias baianas, vídeos: A Bahia é muito mais. GLOSSARIO: Meu
rei, meu dengo, Mainha-Saudação
carinhosa. Vixe-Exclamação para qualquer coisa. É massa-Legal, bacana, porreta. Orum:
Céu ou mundo espiritual. Sucumbe: Cair sobre o peso ou força, dobrar-se.
ÍNDIO GARCIA
Carnavalesco
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