Fotos: Leonardo Costa / Comentários: Professor Mariano e Lucas Agra / Edição: Luiz Eugenio Todos os direitos reservados
A passarela da Rua da Conceição recebeu na noite da terça-feira gorda de carnaval, as escolas de samba do Grupo Principal. Dez agremiações se apresentaram, e assim como no ano passado, a disputa promete ser acirrada durante a abertura dos envelopes, nesta quinta-feira, 6 de março no Clube Canto do Rio. Lutando pelo bi-campeonato, a Sabiá contou com a força de sua comunidade. Boaçu e Folia apostaram no luxo. O Tá Mole mas é Meu mais uma vez levou um enredo crítico para a avenida. Magnólia Brasil e Império de Araribóia chegaram bem no Grupo Principal. Região Oceânica também está na briga.
A passarela da Rua da Conceição recebeu na noite da terça-feira gorda de carnaval, as escolas de samba do Grupo Principal. Dez agremiações se apresentaram, e assim como no ano passado, a disputa promete ser acirrada durante a abertura dos envelopes, nesta quinta-feira, 6 de março no Clube Canto do Rio. Lutando pelo bi-campeonato, a Sabiá contou com a força de sua comunidade. Boaçu e Folia apostaram no luxo. O Tá Mole mas é Meu mais uma vez levou um enredo crítico para a avenida. Magnólia Brasil e Império de Araribóia chegaram bem no Grupo Principal. Região Oceânica também está na briga.
Veja como foram os desfiles na opinião dos comentaristas da
Cadência:
Baianas da Magnólia causaram impacto |
Primeira escola da noite a Magnólia Brasil entrou com o pé
direto na avenida, mesmo com certa tensão pela estréia no Grupo Principal e por
abrir a noite. O enredo que falava sobre sorte foi bem desenvolvido. Os patuás
e amuletos tão conhecidos, como as figas, ferraduras, olho grego e tantos
outros proporcionaram um bom entendimento do tema. As alegorias apresentaram
bom acabamento e concepção artística. Destaques também para a bateria de Mestre
Perdido e o casal de mestre-sala e porta bandeira, Bicudo e Cristina. Na Cadência da Bateria
Marluci Maravilha esbanjou simpatia e samba no pé |
A campeã do Grupo de Acesso do ano passado, o Império de
Araribóia, segunda escola da noite, desfilou com muita garra. Favorecida pelo
bom samba, interpretado muito bem por Tatalho, a escola realizou uma
apresentação emocionante sobre a cultura africana. As alegorias estavam
elaboradas, com destaque para a primeira, que trazia negros acorrentados no
porão de um navio negreiro. Marluci Maravilha brilhou à frente da bateria.
Danúbia, musa da Cadência, brilhou na Mocidade |
Terceira escola da noite, a Mocidade Independente de Icaraí,
tetracampeã da revitalização, também levou a África para a avenida e, assim
como o Império, emocionou a avenida, no
dia em que comemorou seus 28 anos de fundação. O melhor samba da noite,
favoreceu o canto da aguerrida comunidade do Morro do Cavalão. As alegorias
foram o ponto forte da apresentação da escola da Zona Sul, assim como a bateria
'Treme-terra' de Mestre Max, que contou com a presença da Musa da Cadência da
Bateria de 2013, Danúbia Gisela, desfilando com a faixa recebida durante a
festa de entrega do Troféu, em maio no Clube Fluminense. O atraso para iniciar
seu desfile e a falta de baianas deve tirar da Mocidade a chance do título. Na Cadência da Bateria
O luxo das baianas do Boaçu... |
Homenageando a escola de samba carioca Grande Rio, entrou na
avenida a Independente do Boaçu. Embalados pelo bom samba, que narrou muito bem
o enredo, os sambistas gonçalenses fizeram uma brilhante apresentação. O canto
da escola melhorou muito em relação ao ano passado. As fantasias tinham bom
padrão de acabamento, especialmente a da ala de baianas e do casal de
Mestre-sala e Porta-bandeira. É candidata ao título.
... e das alas da Folia do Viradouro |
Primando pela qualidade das fantasias e alegorias, entrou na
avenida a Folia do Viradouro. A escola viajou pelo mundo e mostrou tudo na Rua
da Conceição. Os sambistas de Santa Rosa fizeram um desfile correto, mas o tema
muito abrangente sem uma ordem cronológica, dificultou seu entendimento. No
mais a escola fez uma bela apresentação. Destaque para a comissão de frente e
para a bateria que cadenciou o samba e realizou boas bossas. O casal de
mestre-sala e porta-bandeira, Marlon Flores e Manu Cardoso, assim como no ano
passado, realizou belíssima apresentação. Forte concorrente ao título. Na Cadência da Bateria
A nova geração da Sabiá |
Atual campeã do carnaval, a Sabiá entrou forte para defender
seu título. O desfile foi correto, com excelente acabamento de fantasias e bom
conjunto alegórico. O enredo sobre a pesca foi bem trabalhado pelo carnavalesco
dando boa leitura ao público. Os componentes da Vila Ipiranga mais uma vez
mostraram muita garra, mas o desfile não emocionou como no ano passado, talvez motivado pelo samba que não 'explodiu' na avenida. Destaque a bateria 'Show de Batuque' de Mestre
Glauco e para o casal de Mestre Sala e Porta Bandeira Rodrigo e Cintia. O
bicampeonato é uma realidade. Na Cadência da Bateria
Com o corpo pintado Nathy deu show na Conceição |
Com a difícil tarefa de desfilar após três grandes
apresentações, a Unidos da Região Oceânica não decepcionou. O bom samba
empolgou seus componentes. A escola apresentou bom nível de fantasias e
também entrou na disputa. Mais uma vez a avenida assistiu ao show da ala de passistas que teve à frente a estonteante Nathy Fernandes. Na Cadência da Bateria
A avenida vibrou no ritmo da Avalanche da Bonfim |
Oitava escola da noite, o Tá Mole mas é Meu, apresentou a melhor
proposta de enredo da noite. Um tema que discutia a honestidade nos dias
atuais. A escola já conhecida por sua irreverência e enredos críticos fez uma
apresentação digna, com fantasias criativas e alegorias bem acabadas mas deixou
a desejar no canto, apesar do bom samba. Destaque para a mensagem deixada pelo
no fim do desfile que a escola: "Estamos de olho", inserido na
bandeira do Brasil, sugerindo que o povo agora está mais atento às questões
sociais e políticas do país.
Comissão de frente foi o destaque do Grupo dos XV |
O Grupo dos XV, nona escola a desfilar, levou para a avenida
as brincadeira de criança. Um enredo já bastante mostrado no carnaval. Nos
quesitos plásticos, como fantasias e alegorias, a escola não apresentou a mesma
qualidade das suas principais concorrentes. Destaque para comissão de frente,
que trouxe personagens caracterizados de crianças simulando várias brincadeiras
infantis e até uma alegoria, artifício ainda pouco utilizado em Niterói.
Na Cadência da BateriaO Cacique e a tradição dos pandeiros |
Encerrando os desfiles do Grupo Principal, se apresentou o
Cacique da São José. Infelizmente a simpática agremiação da Rua São José, no
Fonseca, não fez uma boa apresentação. Fantasias e alegorias bastante limitadas
e o fato de desfilarem já para uma avenida vazia podem aproximar a escola do
Grupo de Acesso em 2015. Destaque para a ala de passistas com os tradicionais 'pandeiristas',
hoje tão difícil de se ver.
Nesta quinta a partir das 15h a Cadência da Bateria transmite a apuração das notas direto do Canto do Rio.
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