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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Alegoria não é lixo

Após o desfiles das escolas de samba realizados entre domingo e terça-feira de carnaval, na Rua da Conceição, os carros alegóricos foram retirados da área de dispersão e levados para dois pontos do Centro da cidade: Avenida Professor Plínio Leite, atrás do antigo mercado Carrefour e Av. Visconde do Rio Branco, ao lado da Concha Acústica.

Diferente dos anos anteriores quando a remoção era realizada por cada agremiação - que inclusive eram penalizadas caso deixassem suas alegorias em lugar público - este ano a responsabilidade foi da prefeitura. Segundo o presidente de honra da Alegria da Zona Norte, Chaynne Santos, consta na ata da reunião do dia 3 de fevereiro, que a Nittrans faria a remoção das alegorias até o barracão.

As escolas chegaram a ser acusadas de abandono de suas alegorias, mas na verdade não tinham responsabilidade para esta ação. A reclamação de cidadãos levou a prefeitura a remover as alegorias e levá-las de volta ao barracão do Barreto na quinta-feira, 26 de fevereiro.

Na manhã desta sexta-feira, o presidente da União da Engenhoca, Anderson Canela, foi ao barracão para iniciar o processo de desmonte das alegorias, mas se deparou com o estado com que as alegorias foram deixadas.  "As alegorias foram cortadas. Várias estão danificadas, faltando pedaços mesmo. Um tripé da minha escola sumiu. Os outros presidentes terão uma surpresa desagradável quando vierem aqui", lamentou Canela.

Alertado pelo presidente da Engenhoca, outros dirigentes correram para o barracão.
O presidente do Combinado do Amor, Carlos Xororó, estava indignado com as condições que suas alegorias foram deixadas. "Os carros da Combinado do Amor foram todos quebrados ao serem transportados e ainda roubaram as rodas. É brincadeira esse descaso. Sem falar que o portão de entrada do barracão, pago pelas agremiações, foi quebrado pelo reboque conforme relatado pelos seguranças do local", informou Xororó.

Para o presidente de honra da Alegria, Chaynne Santos, o prejuízo foi pequeno perto do que viu em outras agremiações. "Das minhas alegorias cortaram os 'queijos' (patamar onde ficam os destaques) e os 'Santo Antônios' (ferros que protegem os destaques), mas vi alegorias de outras escolas que tiveram seus eixos danificados, infelizmente", relatou Chaynne.


Não só o transporte, mas o longo tempo de exposição também colaborou para a degradação das alegorias. Muitos adereços, que normalmente são reciclados, foram arrancados. 

(fotos: acervo União da Engenhoca e Alegria da Zona Norte)
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