No último dia de desfiles em Niterói, cruzaram a passarela
da Conceição as escolas de samba do Grupo Principal. As oito agremiações proporcionaram
uma disputa equilibrada. A verba pública distribuída há pouco menos de duas
semanas do carnaval prejudicou claramente as agremiações. O pouco tempo de
preparação foi percebida principalmente nos quesitos plásticos. A qualidade das
fantasias e alegorias foram inferiores ao ano passado. Não choveu durante os
desfiles, mas o temporal que caiu no início da noite atrasou o início da
apresentações.
Sabiá emocionou
A chuva mais intensa, foi registrada justamente no bairro do Fonseca, de onde vinham as duas primeiras escolas, a Alegria da Zona Norte e a Sabiá, causando muita ansiedade em seus componentes. A estreante no grupo e a atual venceram as dificuldades e desfilaram com empolgação. Plasticamente a Sabiá foi melhor. A escola da Vila Ipiranga é real candidata ao título. Destaque para a bateria de Mestre Glauco com várias paradinhas deixando os componentes cantarem. Já a Alegria se superou ao longo do desfile e fez uma apresentação bastante animada.
A chuva mais intensa, foi registrada justamente no bairro do Fonseca, de onde vinham as duas primeiras escolas, a Alegria da Zona Norte e a Sabiá, causando muita ansiedade em seus componentes. A estreante no grupo e a atual venceram as dificuldades e desfilaram com empolgação. Plasticamente a Sabiá foi melhor. A escola da Vila Ipiranga é real candidata ao título. Destaque para a bateria de Mestre Glauco com várias paradinhas deixando os componentes cantarem. Já a Alegria se superou ao longo do desfile e fez uma apresentação bastante animada.
Império empolgou
Terceira escola da noite o Império de Araribóia entrou mais tranquilo, contando com a 'força da comunidade'. Já estava completamente armado quando a Sabiá ainda desfilava. As fantasias das alas deram volume ao desfile e seus componentes fizeram jus ao samba desfilando 'no canto e na raça'. Vai brigar pelo título.
Com a ausência do 'Tá Mole mas é Meu' que pediu licença à
Uesbcn, a Região Oceânica foi a quarta escola a desfilar. Reforçada pelo
diretor de carnaval Almir Júnior, campeão com a Sabiá em 2014 e com a Folia do
Viradouro em 2012, os sambistas do Cafubá proporcionaram um bom desfile. Assim
como a Sabiá e o Império, apresentou um tema afro, com destaque para o conjunto
alegórico e para a bela apresentação do casal de mestre sala e porta bandeira
Marcelo Borges e Pamela Christo.
Quinta escola da noite, o Cacique da São José, apresentou um
enredo sobre as festas. Escola de raiz, desta vez seu componentes não cantaram
tanto o samba. Destaque para a alegoria de Iemanjá. Não vai brigar pelo título.
Logo depois foi a vez de mais uma escola do Fonseca. A
Magnólia Brasil apostou num enredo sobre o 'tempo', um tema leve que permitiu
fácil leitura. Destaque para a bateria de mestre Perdido que tinha à frente a
rainha Flávia Aguiar.
Passistas da Folia deram show
Em busca de mais um título de pois de dois vice-campeonatos, os componentes
da Folia do Viradouro, entraram com muita determinação na avenida, mostrando
que a escola de Santa Rosa é uma das forças da atual fase do carnaval
niteroiense. Entre os destaques do desfile da escola, a ala de passistas
comandada por Luiz Fernando Moreno.
Encerrando os desfiles oficiais apresentou-se o Grupo dos
15. Destaque para a bateria de Mestre Dudu que desta apresentou uma novidade. A
evolução do naipe de tamborins em torno da Rainha Paola Lisboa. Antes do início
do desfile, em seu discurso, o presidente Didinho enalteceu o trabalho de
barracão e atelier da escola que produziram integralmente as fantasias e alegorias
da escola planejadas pelo carnavalesco Alexandre Bar. "Temos que
prestigiar a prata da casa da gente. Não é pegar fantasia de outra escola e
desfilar. Pegar carro de outra escola e botar pra desfilar. Isso é fácil.
Agora, fazer carnaval há dias do desfile, seja lá com que quantia for, eu quero
ver quem faz. Mas carnaval decente, confeccionando suas fantasias. Nós vamos
fazer um desfile digno, com samba no pé", desabafou o presidente Didinho.
De fato, a falta de planejamento dos organizadores do evento,
influenciou diretamente na qualidade dos desfiles. Sem um calendário definido,
não só para o pagamento de verbas, mas para a própria organização do evento, dificilmente
o carnaval da cidade evoluirá. A própria rua da Conceição já está ultrapassada.
Impossível manter a evolução da escola correta durante todo o percurso, visto
que a Rua da Conceição possui diferentes larguras ao longo do trecho.
No caso específico de 2015, no trecho entre a Visconde Uruguai
e a antiga prefeitura, não havia retorno de som. Condição inadmissível para
desfiles de escolas de samba atuais.
Esperamos que as entidades que organizam os desfiles da
cidade ouçam os sambistas, para entenderem seus anseios, e a partir daí
organizarem o evento de acordo com nossa necessidade.
Apuração será nesta quinta-feira às 15h na quadra do Unidos
do Viradouro.
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