Observamos que no ano de 2008 registra-se trinta anos da morte Ismael Silva, um dos maiores ícones do samba, e que junto com outros bambas da região do Estácio, revolucionaram, no final da década de 20, o mundo do samba. Em 12 de agosto de 1928, criava aquela que seria considerada a primeira escola de samba do Brasil, a nossa Deixa Falar, muito embora esta agremiação nunca tenha realmente sido uma escola de samba, desfilando apenas como bloco e depois rancho. Mas o que vale nesta história toda é que Ismael Silva, ao classificar a sua Deixa Falar como Escola de Samba, queria sim demarcar um novo tempo no mundo do samba. Objetivava este grande artista, criar um lugar onde as pessoas iriam, a partir daquele momento, aprender um novo ritmo e uma nova forma de dançar o samba.
Ismael Silva criou uma sincopa carnavalesca que deu ao samba um novo tom melódico capaz de se adequar às pessoas que quisessem dançar enquanto andessem pelas avenidas e ruas ocupadas pelo carnaval.
Assim nascia o samba dos bambas do Estácio, que iria romper com o que se vinha fazendo até então. O samba tinha uma estrutura melódica que só aproximava muito do maxixe, portanto, compositores como Donga, Caninha e Sinhô, tiveram que conviver com novos compositores de samba que traziam um novo estilo para o gênero musical.
Este niteroiense de nascimento foi muito mais que um grande artista, ele foi um “educador”, pois inspirado pela escola pública, direcionou o novo ritmo criado por ele, como uma forma de ensino que deveria se tornar algo sistêmico e permanente, revelando a localidade do Estácio como berço, onde nasceram os professores que iriam espalhar o saber popular para as futuras gerações. Sendo assim, as escolas de samba se tornariam as “instituições” responsáveis em acolher, preservar e ensinar esse novo saber.
Embora morto há trinta anos, Ismael Silva continua vivo entre nós. Constatamos isso ao ver a importância e o papel sócio-cultural que a escola de samba, criada por ele há oitenta anos, cumpre em nosso país.
Ismael Silva criou uma sincopa carnavalesca que deu ao samba um novo tom melódico capaz de se adequar às pessoas que quisessem dançar enquanto andessem pelas avenidas e ruas ocupadas pelo carnaval.
Assim nascia o samba dos bambas do Estácio, que iria romper com o que se vinha fazendo até então. O samba tinha uma estrutura melódica que só aproximava muito do maxixe, portanto, compositores como Donga, Caninha e Sinhô, tiveram que conviver com novos compositores de samba que traziam um novo estilo para o gênero musical.
Este niteroiense de nascimento foi muito mais que um grande artista, ele foi um “educador”, pois inspirado pela escola pública, direcionou o novo ritmo criado por ele, como uma forma de ensino que deveria se tornar algo sistêmico e permanente, revelando a localidade do Estácio como berço, onde nasceram os professores que iriam espalhar o saber popular para as futuras gerações. Sendo assim, as escolas de samba se tornariam as “instituições” responsáveis em acolher, preservar e ensinar esse novo saber.
Embora morto há trinta anos, Ismael Silva continua vivo entre nós. Constatamos isso ao ver a importância e o papel sócio-cultural que a escola de samba, criada por ele há oitenta anos, cumpre em nosso país.
Professor Mariano
é professor de história e comentarista do programa "Na Cadência da Bateria"
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