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CARNAVAL DE NITERÓI 2018

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CARNAVAL DE NITERÓI 2018

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quinta-feira, 28 de maio de 2020

O carnaval ‘Quatrocentão’ de Niterói. O polêmico desfile de 1973

domingo, 28 de maio de 2020
O pesquisador, escritor e compositor João Perigo desta vez aborda o carnaval niteroiense de 1973, o "Carnaval do 4º Centenário". Uma festa marcada com antecedência, seguindo modelo de 1965, utilizado nos 400 anos do Rio de Janeiro, mas que se tornou num dos mais polêmicos da então Capital do Estado do Rio. Confira o artigo.

Montagem das arquibancadas na Amaral Peixoto (foto: Acervo Jornal 'O Fluminense' publicada em 21 de fevereiro de 1973)
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O carnaval ‘Quatrocentão’ de Niterói
por João Perigo

Em meados de Novembro de 1971, a Prefeitura Municipal de Niterói anunciou um ousado plano de comemorações pelo quarto centenário da cidade, que ocorreria em 73. As festividades foram planejadas para todos os dias do ano comemorativo, incluindo concursos artísticos e culturais; congressos técnicos, científicos e ecumênicos; competições esportivas; festas; visitas e embelezamentos (1).
A comissão organizadora das festividades não deixaria de fora a maior manifestação cultural do município: o carnaval e, especificamente, os tradicionais desfiles dos ranchos e das escolas de samba. Os cortejos apresentariam enredos tematizados por fatos marcantes e históricos da capital fluminense, seguindo o modelo já utilizado, em 1965, na comemoração do aniversário de 400 anos da cidade do Rio de Janeiro. O regulamento não mostrou-se tão rigoroso com o passar do tempo e, das 25 agremiações desfilantes, apenas 15 de fato versaram sobre a temática proposta (2).
As principais ruas do centro da cidade começaram a ser enfeitadas nos dias finais de Janeiro de 1973, com elementos do passado brasileiro, como vitrais, arcadas, lampiões e estandartes, modernizados e mesclados com elementos carnavalizados como palhaços e flores. O tema escolhido por arquitetos e estagiários da Prefeitura, ‘400 anos de alegria, flor e amor’, visava o impacto visual e a criação de um grande efeito de cores, respeitando-se o apertado orçamento. Para isso, madeira foi utilizada nas peças estruturais e o vidro dos vitrais foi substituído por plástico colorido. Arquibancadas metálicas foram também planejadas e montadas entre as ruas Barão do Amazonas, Maestro Felício Toledo e Visconde de Uruguai (3).
As festividades carnavalescas se iniciariam em primeiro de Março, quinta-feira, no Clube de Regatas Icaraí, com o tradicional ‘Baile das Atrizes’, que pela primeira vez em 37 anos seria realizado fora do estado da Guanabara. Os desfiles oficiais seriam abertos no sábado de carnaval pelos blocos e seguiriam no domingo com as escolas do primeiro grupo e na segunda-feira com as agremiações do segundo grupo. A concentração dos desfilantes ocorreria na própria passarela de desfiles, a Avenida Amaral Peixoto, na altura da Rua Barão do Amazonas. Interessante notarmos que, se fosse do interesse das escolas apresentar em seus desfiles um sistema sonoro móvel, o mesmo deveria ser providenciado pelas agremiações. Segundo o regulamento: “Será permitido às entidades participantes o uso de alto-falantes montados em carretas. As carretas que sofrerem avarias e causarem transtorno deverão ser imediatamente retiradas do desfile, sob pena de desclassificação da agremiação concorrente”.
O regulamento, que já previa alterações para o carnaval seguinte, como a criação de um terceiro grupo, apresentava também critérios para a apresentação de cada concorrente. As escolas de samba do primeiro grupo deveriam se apresentar com o tempo máximo de 55 minutos e com um mínimo de 600 figurantes, sob pena de desclassificação. Já para o segundo grupo os números regulamentares reduziam-se a 45 minutos e 350 figurantes (4). As agremiações costumavam apresentar-se com contingentes maiores que os regulamentares, valendo-se comumente de enxertos de foliões de escolas de samba cariocas como Império Serrano, Salgueiro, Portela e Mangueira, o que fazia do carnaval da cidade bastante volumoso em material humano em desfile.
Para o domingo, a data mais importante do calendário momesco em Niterói àquele ano, seria realizado um desfile com as mais luxuosas fantasias batizado como ‘A parada de cores e elegância’. O evento contaria com a participação dos maiores expoentes dos concursos de fantasias como Clóvis Bornay, Evandro de Castro Lima, Wilza Carla e Mauro Rosas, desfilando seus mais elegantes trajes.
Apesar dos investimentos para as comemorações dos 400 anos da cidade, a organização, de maneira geral, não era muito diferente do que os sambistas ainda nos dias de hoje vivenciam. O sorteio oficial foi realizado apenas em Janeiro e as subvenções foram pagas às vésperas dos desfiles, provocando as tradicionais correrias para a confecção de alegorias e fantasias.
O período que precedeu os desfiles foi chamado pela imprensa de ‘Guerra do Samba’. Algumas escolas finalizavam suas alegorias em locais particulares, com profissionais trabalhando durante todas as horas do dia a portões fechados, com medo de espionagem das rivais. Outras agremiações, como o Império de Niterói e o Combinado do Amor, não divulgaram seus enredos e sambas à imprensa até as vésperas dos cortejos por medo de possíveis plágios. Nesse sentido, Sabiá e  Bafo do Bode, do segundo grupo, confeccionaram seus carros alegóricos no antigo Pavilhão Permanente de exposições, ao lado da Estação das Barcas, e proibiram a entrada de quaisquer pessoas que não fossem os sambistas ligados diretamente às execuções dos trabalhos artísticos. Às vésperas do carnaval, os artistas encontravam-se comendo e dormindo nos barracões, em uma verdadeira batalha contra o tempo (5).
Finalmente começaram os festejos, mas não da maneira esperada. A eleição da ‘Rainha do Carnaval’ Ana Maria, em Fevereiro, já havia dado indícios de uma baixa procura por certos tipos de eventos, dada a pouca audiência e o reduzido número de candidatas inscritas. Na sequência, o Baile das Atrizes mostrou-se um verdadeiro fracasso (5), mesmo com a presença de grandes nomes como Regina Duarte e Bibi Ferreira. Artistas e niteroienses não se interessaram muito em comparecer ao evento, que ficou marcado pelo reduzido público, preços caros e desorganização. Diferentemente, o Clube Canto do Rio obteve sucesso absoluto com seu “Baile do Associado”, reunindo quase 2.000 animados foliões em suas dependências, ofuscando os festejos realizados no Clube de Regatas.
Em 1973, o carnaval de rua e dos bairros já encontrava-se perdendo espaço para os festejos de salão (6). Ao passo que tradicionais comemorações, como o carnaval do Barreto, não mais contavam com decoração e nem grande apelo popular, os bailes de maneira geral faziam sucesso entre os niteroienses. Àquele ano foram, além dos já citados, realizadas grandes festas no Regatas Gragoatá, Pró-Cubango, Fiat Fonseca, Fluminense, Banda Portuguesa, Flamenguinho, Universitária e Pioneiros. Em São Gonçalo, a tendência se assemelhava, com os bailes do Tamoio, Mauá, Metalúrgico, Casa Unidos de Portugal e Vila Lage.
Na noite de sábado, nove blocos animaram a Avenida amaral Peixoto, com contingentes entre 300 e 350 desfilantes e muita alegria. Foram eles Tamoio, Vai Quem Quer, Cacique do Viradouro, Império Gonçalense, Xavantes do Paraíso, Bafo do Tigre, Acadêmicos do Sossego, Bugres do Cubango e Boêmios da Madama. Tratava-se de um verdadeiro teste de equipamento e pessoal para o grande evento que se seguiria.
A primeira escola de samba do grupo principal a cruzar a Avenida no domingo de carnaval foi a Caçadores da Vila, que havia sido campeã do Grupo de Acesso em 1972 e, portanto, promovida à elite em 1973. Com o enredo ‘Pedra de Itapuca’, de Marcílio Pinto, apresentou-se ainda com as arquibancadas parcialmente vazias, o que acarretou em uma pequena participação do público. Apesar de não decepcionar, não realizou um desfile grandioso que a colocasse como uma das favoritas.
Entrou então na passarela a Unidos do Viradouro, que já colecionava campeonatos na cidade. O enredo ‘Niterói, Origem e evolução’, concebido e realizado por Clóvis Bornay e os artistas Érico Lameiras e Nelson dos Santos, versava sobre a evolução da cidade desde sua fundação e era orçado em alguns milhões de Cruzeiros. Os 2.000 figurantes vestidos com o requinte característico do carnavalesco e as celebridades presentes no desfile, como Clementina de Jesus, Zé Keti e Clara Nunes foram os pontos altos da apresentação da vermelho e branco do Viradouro. O desfile não se traduziu entre imprensa e sambistas como um dos melhores da escola, enfrentando críticas quanto a desenvolvimento e concepção (6):

“Todos esperavam mais da escola de Albano Ferreira [Albano “Gordo” era o presidente da escola, responsável por investimentos e por transformar a Viradouro em uma superpotência], que não estava mal, mas também não repetiu os seus bons desfiles dos anos anteriores. Vice Campeã do carnaval de 1972 e a maior colecionadora de títulos de Niterói [...] teve seu enredo desenvolvido em sete partes, formando no conjunto um só bloco: origem e evolução de Niterói”.
O Fluminense de 9 de Março de 1973
Sem grande impacto visual e caracterizada como “uma aula de geografia”, o desfile parecia não ser cotado para as primeiras colocações. Somou-se o fato de a escola apresentar-se sem seu primeiro mestre sala (7), o que poderia comprometer gravemente suas notas durante a apuração.
Na sequência, o Império de Niterói não conseguiu levantar o público com seu enredo ‘Aldeia de São Lourenço’, realizando a apresentação mais morna da noite.
O cenário mudou quando apontou na concentração a Canarinhos da Engenhoca, com o enredo ‘Glórias ao Teatro brasileiro’, que exaltava a importância dessa forma de manifestação cultural. Suas alegorias foram apontadas como as melhores de 1973 e os grupos de dança coreografados, como o de Mercedes Baptista, arrancaram sonoros aplausos da público presente.
Dadas as temáticas históricas e culturais do ‘Carnaval Quatrocentão’, a maioria das escolas optou por recorrer a professores e historiadores para o desenvolvimento de seus enredos. Não foi diferente com a Universidade do Samba Mem de Sá, famosa por ter em suas fileiras universitários, intelectuais e acadêmicos da cidade. No entanto, em 1973, não vivenciaram sua melhor performance ao apresentar o enredo ‘Brasil de Bronze, de Miguel Coelho e Adalu Pimentel. A escola de Icaraí exaltou o Brasil Mestiço e sua miscigenada cultura, sem contagiar as arquibancadas.
Na sequência, pela primeira vez na noite, o público se empolgou de vez com a passagem da Corações Unidos. Os sambistas da Engenhoca apresentaram ‘Do limão de cheiro ao municipal’, um enredo construído sob uma ótica saudosista dos antigos carnavais de ranchos, sociedades e luxuosas fantasias, apresentando como pano de fundo o pomar que tomava conta do terreno onde hoje encontra-se o Teatro Municipal de Niterói. Pierrôs, arlequins, colombinas e dominós tomaram a avenida cantando o samba composto por José Carlos e Haroldo Ornellas. Grande atração foi a muito bem acabada alegoria que representava o Teatro, refletindo a busca da agremiação por notas máximas em um quesito que tradicionalmente era bem avaliada.
Mesmo prejudicada pela chuva, a Combinado do Amor foi apontada como favorita após um desfile impecável, no qual 900 figurantes e quatro alegorias contaram o enredo ‘Exaltação a Niterói’, de autoria do professor Marcos Reis. A apresentação orçada em mais de 30 mil Cruzeiros encantou o público presente com uma belíssima ala de baianas, uma entrosada bateria de 50 ritmistas (a menor da noite) e 10 bem vestidos destaques, dentre os quais Dom Pedro II e Araribóia.
Ao fim da festa, entrando na avenida apenas às 03:15 da manhã, a Acadêmicos do Cubango viu toda sua organização de desfile se desfazer em razão do temporal. A escola trouxe o enredo ‘Praia Grande’, de Ney Ferreira, versando sobre o lugar que encantou a nobreza com suas raras belezas. O desfile apresentou a tradicional cerimônia do beija mão, quando das visitas de Dom João VI a Niterói e um conjunto de fantasias impecável que impressionava pelo luxo (8).
Geral foi a surpresa quando da abertura dos envelopes: Viradouro campeã, Combinado do Amor vice e Cubango e Canarinhos da Engenhoca dividindo o terceiro lugar. O resultado, apesar de muito contestado, proporcionou à Unidos do Viradouro seu décimo segundo título no grupo especial da cidade e longas festas regadas a chopp e churrasco na Quadra do Ipiranga, local de ensaios da agremiação durante o período. A agremiação tornou-se também a única escola de samba a desfilar em dois carnavais comemorativos em duas cidades diferentes (Rio de Janeiro em 1965 e Niterói em 1973).  No segundo grupo sagrou-se vencedor o Bafo do Bode, ganhando assim o direito de ascensão à elite em 1974.
O carnaval da cidade, mesmo com todos os contratempos enfrentados em seu quarto centenário seguiu um vertiginoso crescimento em quesitos organizacionais, técnicos e artísticos, servindo as experiências de 1973 como trampolim para o engrandecimento local da festa, capaz de proporcionar grandes avanços em anos posteriores. Niterói, ao contrário do que muitos pensam, nunca se limitou a um modelo de cópia da capital carioca, mostrando-se, muitas vezes, inovador, como ao realizar a primeira homenagem biográfica a uma personalidade viva (Canarinhos da Engenhoca 1975) e ao construir o primeiro sambódromo do país (Sambópolis de 1981).

Fontes:

1. NÓBREGA, Regina. ‘400 anos de Niterói, festa de todo mundo’. O Fluminense, Edição 20920 de 7 de Novembro de 1971, Pg 8.

2. SILVEIRA, Leandro Manhães; VIUG, Matheus Tavares; SILVA, Winnie Delamar de Souza. Antigamente é que era bom: A folia niteroiense entre 1900 e 1986. 1. ed. Niterói: Niterói Livros, 2017. 262 p. ISBN 978-85-85896-53-9.

3. ‘Cidade começa a vestir sua fantasia na semana que vem’. O Fluminense, Edição 21285 de 18 de Janeiro de 1973, Pg 12.

4. ‘Carnaval niteroiense será na base do vitral’. O Fluminense, Edição 21289 de 23 de Janeiro de 1973, Pg 5.

5. ‘Escolas e Blocos apressam enredos para os desfiles’. O Fluminense, Edição 21316 de 23 de Fevereiro de 1973, Pg 13.

6. PERIGO, João. Entre o asfalto e a passarela: O olhar carnavalesco de Clóvis Bornay. 1. ed. Joinvile: Clube de Autores, 2020. 160 p. ISBN 978-65-000-2914-7.

7. PERIGO, João. Carnaval de Niterói: O resgate das memórias esquecidas. 1. ed. Joinvile: Clube de Autores, 2016. 177 p.

8. Título de Campeã do Carnaval Quatrocentão está entre Cubango e Combinado do Amor. O Fluminense, Edição 21325 de 8 de Março de 1973, Pg 16.

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João Perigo é compositor e pesquisador do carnaval.
Autor do livro "Carnaval de Niterói - O Resgate das Memórias Esquecidas", onde realiza um estudo sobre a história do carnaval niteroiense, especialmente dedicado a Combinado do Amor, Souza Soares, Sabiá e Corações Unidos.
Na Cadência, João aborda os sambas enredo e a sua relação com a memória do carnaval.

Botafogo Samba Clube terá dupla de mestres de bateria em 2021

quinta-feira, 28 de maio de 2020
A bateria Ritmo Alvinegro tem novo comandante para 2021. Aliás, são dois comandantes. Os mestres Ronaldo Junior e Norival assumem o segmento da Botafogo Samba Clube, que alcançou a nota máxima no último carnaval. Os dois profissionais foram apresentados na noite desta quarta-feira, 27, na "Quarentena Alvinegra", quadro de lives da escola.

Ronaldo Junior e Norival chegam à escola em busca da manutenção dos 40 pontos na Intendente (foto divulgação)
Ronaldo Junior tem 27 anos e já foi mestre de bateria do Arame de Ricardo e da União de Guaratiba. Em seu currículo, ainda pesam trabalhos como diretor na Beija-Flor de Nilópolis, Unidos de Padre Miguel e Alegria da Zona Sul. Manter a nota 40 é a principal meta, segundo ele. "É um desafio satisfatório porque é agora que vou ver se o que plantei lá trás é positivo ou negativo. Veremos se o legado deixado no passado valeu a pena. O trabalho vem sendo feito, pude estar à frente das baterias do Arame e da União de Guaratiba, podendo adquirir uma experiência ao longo desse tempo. É um desafio grande tentar manter a pontuação máxima da bateria no carnaval 2020, mas vamos trabalhar para isso", afirmou Ronaldo.

Já Norival iniciou a sua vida no samba em 2000, na Porto da Pedra, escola em que integrou o quadro de diretores de bateria de 2004 a 2013, retornando em 2017 na gestão do mestre Pablo. Com passagens na União da Ilha do Governador e Grande Rio, ele também foi mestre de bateria do Império de Araribóia, de Niterói, alcançando a nota máxima em 2015. "É um desafio bacana de se enfrentar. Estou feliz com a oportunidade, pois estarei ao lado de um amigo de longa data, que é o Ronaldo. Isso só fortalece as minhas esperanças para um bom trabalho na Botafogo, que vem com uma bateria de bons resultados com o Camarão Netto (mestre em 2019) e o Marfim (mestre em 2020)", destaca Norival.

Em 2021, a Botafogo Samba Clube se apresentará pelo Grupo Especial da Intendente Magalhães. Para alcançar o tão sonhado lugar na Série A, na Marquês de Sapucaí, a escola precisa ser campeã ou vice.

Arame de Ricardo de volta à Liesb

quinta-feira, 28 de maio de 2020
A Liga Independente das Escolas de Samba do Brasil (LIESB), informa que, após formalização de toda sua documentação e registros nos órgãos competentes, a nova diretoria do G.R.E.S. Arame de Ricardo se filiou novamente à Liesb.

No Carnaval do ano de 2019, o Arame de Ricardo desfilou pela antiga Série B e, após um ano afastada, a agremiação retorna ao quadro associativo da Liesb, liga responsável pela organização dos desfiles dos grupos Especial, de Acesso e de Avaliação da Intendente Magalhães.

quarta-feira, 27 de maio de 2020

Tradição escolhe atriz que representará Clarice Lispector em seu enredo

quinta-feira, 27 de maio de 2021
A Tradição, que divulgou o enredo "Clarice" para o Carnaval 2021, no ano do centenário da escritora Clarice Lispector, terá a participação da atriz Rita Elmôr encenando a diva da Literatura. Ao receber o convite da presidente Raphaela Nascimento e do carnavalesco Leandro Valente, para ser a "Clarice" no desfile da azul e branco, a atriz nos conta que ficou muito honrada e emocionada, pois, segundo ela, representar a Clarice Lispector na Avenida será algo simbólico em sua vida, já que a escritora faz parte de sua trajetória artística.

Rita Elmôr será Clarice Lispector no enredo da Tradição

"Fiquei muito feliz com o convite. Acho emocionante a Tradição levar Clarice Lispector para o Carnaval. Uma bela contribuição da escola para popularizar a leitura em nosso país. Será uma honra representar uma das maiores escritoras do Brasil no desfile na Maques de Sapucaí. É uma bela homenagem à escritora que me ensinou tantas coisas com seus livros. Para representá-la, eu entrei no universo literário de suas obras e continuo apaixonada, já fiz duas peças sobre ela. Posso dizer que ela é uma espécie de mãe das artes para mim. É como se eu tivesse feito uma formação sobre a observação do que é ser humano a partir de sua obra. Ela sempre me transforma e me ensina algo. É uma grande inspiração na minha vida. Atualmente, estou com a peça “Clarice Lispector e eu. O Mundo não é chato”, espetáculo cujo roteiro é de minha autoria. Posso adiantar que o público vai delirar no desfile com esse maravilhoso enredo da Tradição", declarou.

Rita aproveitou para acrescentar que Clarice Lispector surgiu em sua vida como uma forte inspiração para a arte. Falar da escritora, para Rita, é olhar a vida de forma poética e mais humana.
"Clarice chegou em minha vida como uma amiga que aos poucos foi me ensinando a desenvolver uma nova percepção sobre tudo que me cercava. Ela me encorajou a olhar para o meu avesso, pois passou a vida praticando a auto-observação e escreveu bastante sobre isso. Quando leio Clarice sinto mais coragem para trilhar caminhos internos que muitas vezes me obrigam a enxergar partes que são muito bonitas na minha pessoa. Mas a partir dessa percepção me movo de uma nova maneira na vida. Ela foi uma estudiosa dos infinitos movimentos da alma. Esse estudo ultrapassa a própria literatura. Sinto uma comunicação entre nossos inconscientes, algo não racional. Ler Clarice é uma experiência mística. Eu adoro Carnaval e desfilo sempre em blocos carnavalescos. Será uma grande alegria vir na última alegoria da Tradição representando a homenageada. Estou muito feliz por isso", destacou.

Rita Elmôr é formada em Artes Cênicas pela Uni-Rio e pós-graduada em filosofia pela PUC. Atualmente, está com a peça “Clarice Lispector e eu. O Mundo não é chato”, em circulação pelo Sesc Rio, monólogo com textos de Clarice Lispector misturados aos textos da própria atriz, direção de Rubens Camelo. Além dessa peça, está como autora, em cartaz no teatro j.Safra ( S.P), com a peça "Parabéns, senhor Presidente", interpretada por Danielle Winits e Christine Fernandes, e circulando pelo Brasil como diretora e autora da peça "Mulheres que nascem com os filhos", com as atrizes Samara Felippo e Carolina Figueiredo.

Rita iniciou a carreira montando o seu primeiro monólogo sobre Clarice Lispector - "Que mistérios tem Clarice" -, com direção de Luiz Arthur Nunes, trabalho que lhe rendeu indicação ao prêmio Shell de melhor atriz, em 1998. Ao longo da carreira a atriz interpretou Ofélia na montagem de "Hamlet" de Diogo Vilela; a psicanalista Paula Heimenn na peça "Melanie Klein", com Nathalia Timberg e direção de Eduardo Tolentino.

Protagonizou ao lado de Beatriz Segall, a peça "Histórias Roubadas", direção de Marcos Caruso. Adaptou e interpretou Teresa D'Ávila, no solo “A Santa Descalça", fez duas versões da peça "Pai", monólogo de Cristina Mutarelli. A primeira como teatro-dança e a segunda com direção de Bruce Gomlevsky. Interpretou Lucia em "Vestido de Noiva", de Nelson Rodrigues, direção de Renato Carrera; "A escola do Escândalo", direção de Miguel Falabella; "A Casa de Bernarda Alba", de Frederico García Lorca, direção de Claudio Mendes.

Trabalhou com o grupo AMOK na peça "Agreste", de Nilton Moreno, "A Mais forte", de Strindberg, com direção de Camilla Amado. Na TV, seu trabalho mais recente, 2018, foi na novela das 19h, "Deus Salve o Rei" da TV Globo. Em 2017, fez uma participação especial em um episódio do seriado "Cidade Proibida", da mesma emissora. Integrou também o elenco principal da novela das 18h, "Boogie Woogie", em 2015. Protagonizou o episódio "Canalha Psicanalista", do seriado "As Canalhas" no GNT. Atuou na novela das 21h ,"Salve Jorge", da TV Globo.

Integrou também o elenco principal em todas as temporadas do seriado "Macho Man", do mesmo canal. Interpretou Anete, a chefe sedutora de Vladimir Brichta, em todas as temporadas do seriado "Separação!?", ambos com direção de José Alvarenga Junior e texto de Fernanda Young e Alexandre Machado. Recebeu indicação ao prêmio "Contigo", pelos dois trabalhos. Ainda, na Rede Globo, trabalhou com o diretor Luiz Fernando Carvalho na microssérie "Capitu", em elogiado trabalho de composição física para criar a velha prima Justina e na minissérie "Os Maias", como a ingênua Terezinha. No cinema está no filme "Até Que A Sorte Nos Separe 1" e "Até Que A Sorte Nos Separe 2", com o ator Leandro Hassum e, em "?Cilada.com?", de Bruno Mazzeo.

Coroa Imperial anuncia seu novo carnavalesco

quarta-feira, 27 de maio de 2020
Com o objetivo de fazer um carnaval diferente, a Coroa Imperial traz um novo profissional para compor a diretoria da agremiação em 2021. Matheus Brito, chega para assumir o posto de Carnavalesco da escola.

Matheus tem 25 anos, estréia como carnavalesco e também estréia no carnaval real, pois o mesmo já faz parte do carnaval virtual como enredista de algumas agremiações. "Estou muito feliz com o convite que me foi feito, além de tudo a nossa escolha do enredo foi uma das melhores escolhas que poderíamos fazer, falar de Umbanda é sempre um desafio, mas é um desafio bom. O que eu desejo é um desfile deslumbrante e rumo ao grupo de acesso da Intendente Magalhães", explica o jovem carnavalesco.

Em 2021, a Coroa Imperial desfila pelo Grupo de Avaliação da Intendente Magalhães.

sexta-feira, 22 de maio de 2020

Liga das Escolas de Samba de Niterói escolhe seu novo presidente

quarta-feira, 22 de maio de 2020
A Liga das Escolas de Samba de Niterói (LESNIT) definiu o nome do seu novo presidente para o próximo triênio. William Neves, que também preside o GRES Paraíso da Bonfim, foi aclamado no último dia 8.

O processo eletivo estabelecido conforme cronograma de inscrição implementado pelo Conselho Deliberativo, foi divulgado no último dia 27 de abril, através das plataformas de comunicação da entidade, aplicativo de conversa Whatsapp, nos grupos onde se encontram membros da Liga e no site 'Na Cadência da Bateria'.

A inscrição foi realizada de forma eletrônica e apenas uma chapa apresentou documentação de solicitação à participação ao pleito, Dessa forma, conforme estatuto da entidade a Chapa inscrita pelo candidato à presidência executiva, o presidente do G.R.E.S. Paraiso da Bonfim, William Neves e para Vice-Presidente, o presidente da G.R.E.S. Império de Charitas, Alessandro Alves, foi aclamada.

Em nota, o Conselho Deliberativo da Lesnit informou: "Acreditamos que dentro das bases legais permitidas, possamos reconhecer a legitimidade dos candidatos e ainda dar ciência a todos os membros que todos os documentos solicitados foram entregues. Estamos estudando um novo modelo para realizarmos a nossa assembleia de forma virtual, nos próximos dias estaremos divulgando uma plataforma para que possamos simular algumas conversar objetivando organizar a possível reunião oficial, para, por exemplo, podermos redigir e dar legitimidade a uma ata. Desejamos a todos muita força, união e fé, cada um dentro das suas possibilidades e para os que podem deixamos o recado: FIQUE EM CASA, ESSE MOMENTO VAI PASSAR!"

Memória - Fundada em 20 de março de 2017 a LESNIT teve apoio de 22 das 29 agremiações que naquele momento desfilavam oficialmente no Carnaval de Niterói. Neste primeiro triênio a Liga foi presidida por Carlos Xororó, então presidente do GRES Combinado do Amor.

Leonardo Jorge é o novo Mestre de Bateria da Unidos da Ponte

sexta-feira, 22 de maio de 2020 
A Bateria Ritmo Meritiense já tem um novo comandante. Leonardo Jorge é o novo mestre dos ritmistas da Azul e Branco de São João de Meriti e chega em busca dos 40 pontos com muito trabalho e planejamento. Irmão do Presidente do Paraíso do Tuiuti, Renato Thor, o Mestre Leonardo Jorge é Diretor de Bateria da escola de São Cristóvão há nove anos, e também comandou e bateria do Engenho da Rainha.

Irmão do Presidente do Paraíso do Tuiuti assume a Bateria da Azul e Branco da Baixada (foto divulgação)
Colecionador de sete notas 10 em oito avaliações, sendo apenas um 9.9, o mestre Leonardo Jorge se mostrou ansioso ao falar um pouco sobre sua chegada à escola. "O Presidente Berg já acompanhava meu trabalho nesses dois anos na Intendente Magalhães. Quando recebi o convite fiquei muito honrado com a oportunidade. Quero criar uma identidade da bateria com a escola. Desse jeito iremos rumo as notas máximas do quesito", revelou Leonardo.

No Carnaval 2021 a Unidos da Ponte levará para a Sapucaí o enredo "Santa Dulce dos Pobres – O Anjo Bom da Bahia", desenvolvido pelos carnavalescos Guilherme Diniz e Rodrigo Marques.

quarta-feira, 20 de maio de 2020

Tá Rindo Porque anuncia contratações para 2021

quarta-feira, 20 de maio de 2020
Vice-campeã do Grupo C em 2020, o GRES 'Tá Rindo Porque' já se prepara para sua estreia no Grupo B no próximo Carnaval.

Na última semana a escola do presidente Luciano Deodato anunciou a contratação do seu novo casal de mestre-sala e porta-bandeira, Felipe e Rafaela.

Na bateria, a Rainha Bárbara Nascimento permanece no posto.
Rafaela e Felipe serão os responsáveis pela condução do pavilhão amarelo, azul e vermelho no Carnaval 2021 (foto divulgação)












Mestre Felipe Bruno segue à frente da Puro Show de Batuque

quarta-feira, 20 de maio de 2010
O GRCES Sabiá, anunciou nesta terça-feira, 19 de maio, a renovação por mais um ano do premiado Mestre. Pelo terceiro ano consecutivo, Mestre Felipe Bruno irá comandar a Bateria Puro Show de Batuque da Vila Ipiranga.

Mestre Felipe comanda a Puro Show por mais um ano (foto divulgação)

Considerada uma das melhores baterias de Niterói na atualidade, prova com troféus a sua qualidade.  Com o Mestre Felipe Bruno, a Bateria da Sabiá ganhou o Troféu Radar de Niterói em 2019 e 2020 e o Prêmio STS (Somos Todos Samba), também em 2020, como Melhor Bateria do Carnaval.

Felipe chegou na Escola como ritmista em 2012, virou diretor de Bateria em 2013 e seguiu até 2019, quando assumiu a regência do grupo. "É um prazer e uma honra enorme! Pelo terceiro ano seguido, venho como mestre de uma das mais importantes baterias do Carnaval de Niterói, é uma responsabilidade gigante, mas nos últimos dois carnavais, realizamos um trabalho  com a base e com a formação de ritmistas, isso nos gerou alguns prêmios de melhor bateria, pois se trata de um trabalho sério e competente. Com isso, a qualidade da bateria da Sabiá vem numa crescente", disse Mestre Felipe à reportagem da Cadência da Bateria.

Em publicação na plataforma Instagran, a Sabiá reconhece a importância do Mestre para a escola. "Nosso Mestre faz um trabalho incrível com a formação de músicos e ritmistas através de aulas, oficinas e workshops, o que forma a base da nossa bateria para os desfiles. Mais um super show da nossa Bateria no próximo Carnaval... Claro ou com certeza?"

A confiança da escola empolga ainda mais o Mestre para o próximo carnaval. "Creio que para carnaval 2021, não será diferente, a minha renovação animou os ritmistas que desfilaram comigo em anos anteriores, com isso, a base está mantida", informou Felipe à Cadência.

Também pelo Instagran, o GRCES Sabiá anunciou a renovação do intérprete Niu Souza e a permanência da Rainha da Bateria, Ângela Santos.

Campeã do Grupo B no último carnaval, Sabiá, segunda mais antiga escola de samba niteroiense, retorna à elite em 2021.
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Na Cadência da Bateria

Na Cadência da Bateria
Carnaval de Niterói é na Cadência

Aconteceu na Avenida

Aconteceu na Avenida
O editor do blog, Luiz Eugenio, entrevistando o intérprete Willian no Carnaval 2008

Musa da Cadência 2013

Musa da Cadência 2013
Danúbia Gisela, a madrinha da bateria do GRES Tá Mole mas é Meu

Momentos do Carnaval 2013

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Explosão da Folia

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Folia e Souza. Campeãs 2015

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