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domingo, 4 de fevereiro de 2024

Folia e Magnólia na briga pelo título do Grupo A. Sabiá e Experimenta também se destacam

domingo, 04 de fevereiro  de 2024

O título maior do Carnaval de Niterói em 2024 deve ficar em Santa Rosa ou no Fonseca, ou mesmo na Ilha da Conceição.

Após a apresentação das oito agremiações do Grupo A, a elite do Carnaval de Niterói, encerrada pouco depois das três da manhã do domingo, 4 de fevereiro,  quatro escolas realizaram boas apresentações e se credenciaram à disputa do título máximo do carnaval da cidade. 

Pelo terceiro ano consecutivo os desfiles foram realizados no Caminho Niemeyer, Centro da cidade. 

(foto Prefeitura de Niterói)


Primeira escola da noite, de volta ao grupo principal após dois anos no Grupo B, a Império de Araribóia fez um desfile empolgante, como de costume, com um enredo em homenagem a São Lourenço, santo que dá nome à localidade de onde a escola é oriunda. A escola fez uma apresentação correta, mas sem tanto luxo e com problemas de acabamento no abre-alas. Destaque para a bateria “Cocar de Ouro”.

De volta à elite, o Império de Araribóia abriu a noite de desfiles do Grupo A (foto: Prefeitura de Niterói)

Logo depois se apresentou a Alegria da Zona Norte. A tricolor da Bernardino, bicampeã do carnaval em 2018/19, busca mais um título após dois vice-campeonatos seguidos nos últimos carnavais. O tema escolhido foi o Afoxé, que permitiu à escola bom canto, entretanto a evolução foi comprometida após a dificuldade do abre-alas fazer a segunda curva do “U” da pista de desfiles. As fantasias, apesar de simples, tinham fácil entendimento do enredo, entre elas a do Afoxé Filhos de Ghandi e o Olodum. O conjunto alegórico apresentou concepção básica com formas mais retas. A Alegria é uma escola de quesitos, o que sempre a credencia ao título, mas desta vez deve ficar em posição intermediária.

A sempre muito aguardada Folia do Viradouro, terceira escola da noite, ratificou a expectativa. Esbanjando luxo, sua marca registrada, a escola de Santa Rosa apresentou alegorias imponentes e fantasias com muito volume, preenchendo a passarela do Caminho Niemeyer com boa evolução. Importante observar o nível de organização que atingiu a Folia, até os empurradores dos carros alegóricos estavam caracterizados. Interessante os harmonias e diretoria da escola caracterizados de Cardeais. Candidatíssima ao título.

Comissão de Frente da Folia do Viradouro, uma das atrações do grande desfile da escola de Santa Rosa (foto: Prefeitura de Niterói)

Depois foi a vez da escola que a cada ano se firma como uma das potências do carnaval niteroiense, a atual campeã Magnólia Brasil. O tema sobre uma visita de um lorde inglês à Aldeia de São Lourenço foi mostrado em fantasias suntuosas e alegorias de bom acabamento. A escola do Fonseca veio firme para buscar o bicampeonato.

Lutando pelo bicampeonato, a Magnólia Brasil apresentou conjunto alegórico de alto nível (foto: Prefeitura de Niterói)

Quinta escola da noite, a Unidos da Região Oceânica pareceu ter sentido o impacto das chuvas que atingiram o barracão nas duas semanas que antecederam o Carnaval. Os problemas de acabamento ficaram visíveis já no Abre-alas, e depois observados nas próximas alegorias. Uma das esculturas chegou a se desprender do carro durante o desfile. As fantasias também estavam simples, bem diferente do que a escola da Região Oceânica de Niterói costuma apresentar em seus desfiles. A verde e branco, única escola da cidade que só desfilou no grupo principal desde a revitalização do carnaval, vai brigar para manter a estatística.

A tradicionalíssima Sabiá, primeira campeã do Carnaval de Niterói, foi a sexta escola a se apresentar. O enredo “Filhas da Mãe Preta. Herança da força ancestral”, rendeu um excelente desfile à agremiação da Vila Ipiranga. Com fantasias de bom acabamento e volume, e alegorias robustas e bem decoradas, a verde e branca do Fonseca parece ter superado todas as dificuldades impostas pelas condições do barracão. 

Entretanto, o desfile registrou problemas na entrada de uma das alegorias na primeira curva da pista abrindo um espaço para a ala próxima. Caso detectado pelos jurados, a escola pode perder pontos preciosos. Destaque para a bateria Show de Batuque de Mestre Felipe e para o carro de som comandado por Niu Souza (foto: Prefeitura de Niterói)

A seguir foi a vez de mais uma escola com muita história na cidade, mas que ainda busca um título do grupo principal, a Souza Soares. Com um enredo em homenagem à Oxum, a escola de Santa Rosa abandonou provisoriamente seu verde e branco para referenciar o amarelo-ouro, cores do orixá. A escola fez um desfile bastante animado mas apresentou recursos plásticos simples. Destaque para a bateria Couro Esticado, uma das melhores da cidade desde a época da Amaral Peixoto.

O amarelo e o dourado predominaram na primeira parte do desfile da Souza Soares (foto: Prefeitura de Niterói).

Encerrando os desfiles de 2024 apresentou-se a surpreendente Experimenta da Ilha da Conceição. Com belo conjunto alegórico e fantasias de fácil entendimento para o enredo sobre pirataria, a escola fez um desfile muito empolgante favorecido pelo samba leve que caiu nas graças da arquibancada. 

A Experimenta tem histórico de desfiles corretos e alegres, mas o Carnaval de 2024 parece ter selado a amarelo e azul da Ilha da Conceição entre as grandes do carnaval. Vai brigar pelo título.



Veja como foram os desfiles dos Grupos B e C

Banda Batistão é a favorita do Grupo B e Tá Rindo a mais cotada no Grupo C

Os desfiles dos Grupo B e C abriram o Carnaval de Niterói na sexta-feira, 02 de fevereiro. Ao todo doze agremiações se apresentaram, quatro no Grupo C e oito no Grupo B. Com atraso de quase 50 minutos foi iniciado o Grupo C.

Primeira escola da noite, o Balanço do Fonseca desfilou com uma homenagem aos 450 anos Niterói. A agremiação do Santo Cristo apresentou um bom conjunto de fantasias com predominância das cores da escola o preto, branco e vermelho.

Abre-alas da escola do Santo Cristo abriu os desfiles do Caminho Niemeyer em 2024 (foto: Na Cadência da Bateria)

Depois foi a vez do Bem Amado, de São Francisco, uma das mais antigas escolas de samba de Niterói em atividade. O enredo sobre o orixá Iansã foi desenvolvido com um contingente bem reduzido e apenas uma alegoria. O esquenta da escola foi ao som de uma música da cantora Ludmila. Destaque para a bateria da escola comandada pela Mestra Suelen.

São Pedro resolveu participar da festa justamente na hora que a Galo de Ouro, terceira escola da noite, iniciava sua apresentação. A escola gonçalense do Galo Branco costuma fazer boas apresentações no Carnaval de Niterói e desta vez não foi diferente. Com o enredo “O sonho de voar” a escola fez um desfile lúdico, de fácil entendimento. Na comissão de frente estavam Santos Dumont e Ícaro, nas alas balões e asa deltas. Até 14Bis pousou na avenida, representado em uma das alegorias. Mesmo sob chuva intensa o Galo fez uma apresentação digna.

Já sem chuva mas com a pista ainda bem molhada iniciou seu desfile a ‘Tá Rindo Porque’, quarta e última escola do Grupo C. Com o enreo a escola já mostrou suas credenciais logo na comissão de frente, a melhor do grupo com boa coreografia retratando o sofrimento de Anastácia. Logo a seguir se apresentou o casal de Mestre-sala e Porta-Bandeira com linda fantasia e depois uma impactante ala de baianas com saias pretas e esplendores coloridos, infelizmente alguns deles se desprenderam durante o desfile. De toda forma a escola fez o melhor desfile do grupo.

O casal de Mestre-sala e Porta-bandeira, um dos pontos altos do desfile da 'Tá Rindo' (foto: Prefeitura de Niterói)


GRUPO B

Com uma hora e meia após o previsto os desfiles do Grupo B foram abertos pela Império de Charitas, campeã do Grupo C em 2023. Com uma homenagem à Portela, a escola se destacou pelo conjunto alegórico, um deles trazia a famosa águia, símbolo da azul e branco de Madureira. As baianas também com tons de azul brilharam na avenida.

A impactante alegoria da Banda Batistão (foto: Prefeitura de Niterói)

Segunda escola do Grupo B a se apresentar no Caminho Niemeyer, a Banda Batistão fez um desfile arrebatador. “Nas veias do Brasil” foi o enredo da vermelho e branco do Barreto. O samba teve um bom desempenho favorecendo a harmonia da escola. A herança cultural e legado do povo preto foi bem desenvolvido com destaque para a Comissão de Frente. A escola apresentou fantasias volumosas e bem acabadas e alegorias bem elaboradas. Favorita à vaga no Grupo A em 2025.

A seguir desfilou o Cacique da São José. A vermelho e branco do Fonseca apresentou o enredo “A força que brota da natureza” com fantasias leves e bem coloridas, entretanto pelo menos duas alas não apresentaram adereços de cabeça. Tradicionalmente a bateria da São José é o ponto forte da escola e dessa vez não foi diferente, assim como a elegância de sua Velha Guarda.

A mais antiga escola de Niterói e quarta do Brasil, fundada em 1936, a Combinado do Amor foi a quarta escola de samba a desfilar pelo Grupo B. Com homenagem à cantora e atriz Watusi. O azul e branco, cores da escola contrastou com o vermelho da alegoria que simbolizava o ‘Moulin Rouge’ famoso caberá parisiense onde Watusi brilhou. A artista nascida no Caramujo estava na alegoria. Destaque também para a sempre elegante Velha Guarda, para o carro de som comandado pelo cantor Wagner do Vale para a bateria de Mestre Careca.

Do Largo da Batalha chegou a Garra de Ouro apresentado um tema sobre os pontos turísticos de Niterói. Destaque para a coreografia bem ensaiada da comissão de frente. Com fantasias e alegorias simples a escola não deve ocupar lugar de disputa ao acesso para o Grupo A.

Sexta escola da noite, a Unidos do Sacramento levou para a avenida o enredo “Aruanã. O povo das águas claras”. O desfile começa com uma bela performance da comissão de frente representando o movimento das águas. O cavalo-alado, símbolo da escola, veio logo à seguir. Todo o primeiro setor se apresentou com tons claros de azul, de muito bom gosto. O vermelho, cor da escola apareceu nas últimas alas. Uma das alegorias teve dificuldade em realizar a segunda curva do traçado da pista de desfile e precisou manobrar várias vezes até conseguir alinhamento para vencer o último trecho da pista. A escola pode ser penalizada pelo incidente.

A Mocidade Independente de Icaraí foi a sétima escola a desfilar com a reedição do enredo “Uni-duni-tê, viagem ao mundo encantado” do carnaval de 1987. O samba dos compositores, Eduardo Poeta, Quinzinho e Miltinho é um dos preferidos da comunidade e sempre lembrado durante os ensaios na quadra do Cavalão. A comissão de frente trouxe para a avenida vários personagens de histórias infantis. O azul e branco da escola deu lugar ao colorido das fantasias desenvolvidas pelo carnavalesco Leandro Valente. O belíssimo carro abre-alas decorado com flores e o destaque de luxo no alto da alegoria enriqueceram a apresentação da Mocidade. Forte candidata ao título.

Destaque de luxo na Mocidade enriqueceu a já bonita alegoria (foto: Prefeitura de Niterói)

Encerrando a primeira noite de desfiles e as apresentações do Grupo B cruzou a passarela do Caminho Niemeyer, a Paraíso da Bonfim. O dia já amanhecia quando a azul, vermelho e branco do Fonseca iniciou sua homenagem ao ex-vereador e sambista, Carlos Magaldi, grande incentivador do carnaval da cidade. Nos quesitos plásticos a escola apresentou fantasias simples e alegorias com problemas de acabamento. A briga da Bonfim vai ser para permanecer no grupo. 


*As imagens utilizadas nessa matéria estão disponíveis na página do Facebook da da Prefeitura de Niterói: https://www.facebook.com/PrefeituraMunicipaldeNiteroi?mibextid=ZbWKwL

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