CADÊNCIA DA BATERIA

O maior encontro de bandeiras de Niterói

CARNAVAL DE NITERÓI 2018

Alegria da Zona Norte - Campeã do Grupo A

CARNAVAL DE NITERÓI 2018

Experimenta da Ilha da Conceição - Campeão do Grupo B

CARNAVAL DE NITERÓI 2018

União da Engenhoca - Campeã do Grupo C

NA CADÊNCIA DA BATERIA 2018

O CARNAVAL DE NITERÓI PASSA AQUI

NA CADÊNCIA DA BATERIA

O maior acervo do Carnaval de Niterói

CADÊNCIA DA BATERIA

Carnaval de Niterói. Ontem e hoje!

.

.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Ziriguidum 2001: Uma inovação clássica de Fernando Pinto

Em 1985 o saudoso e extraordinário carnavalesco Fernando Pinto trazia para a avenida um assombroso desfile denominado “Ziriguidum 2001, um carnaval nas estrelas”. Este ano, diga-se de passagem, foi muito difícil para o mundo do samba, pois acabava de ser realizado no Rio de Janeiro o maior evento de música internacional já feito no Brasil, a primeira edição do Rock In Rio. Só se falava em Rock na nossa cidade. Mesmo assim, isso não foi empecilho para o espírito inventivo de Fernando Pinto. Como aqui na terra só se queria ouvir as fantásticas guitarras de Brian May, Angus Young e Adrian Smith, Fernando Pinto pegou sua parafernália carnavalesca e a levou às alturas, ou seja, nas estrelas. A idéia básica do enredo era o carnaval levado para as outras galáxias. Os discos voadores na avenida eram contatos imediatos com o samba. Era o carnaval que queria “colonizar” o espaço sideral. Cada nave transportava foliões e sambistas de tipos diferentes.

A materialização deste carnaval fez abalar vários paradigmas estabelecidos até então nos desfiles de escolas de samba, como ver alas clássicas como a das baianas e bateria, travestidos com fantasias fantasmagóricas carregadas de indumentárias esquisitas como capacetes e asas.

Fernando Pinto conseguiu tal proeza, pois tinha um diálogo muito grande com a comunidade da Vila Vintém, comunicação esta que fez nascer uma identidade entre carnavalesco e agremiação.

A morte prematura de Fernando Pinto ao 40 anos, conseqüência de um desastre de automóvel, interrompeu uma brilhante e promissora carreira, mas as suas obras carnavalescas se transformaram sem sombra de dúvida em um legado para outras gerações de artistas.

Para encerrar, quero dizer que Ziriguidum 2001, em termos de impacto visual e discursivo, tem para o desfile de escolas de samba o mesmo sentido inovador que o filme “2001, uma Odisséia no espaço”, do diretor Stanley Kubrick, teve para o cinema, já que ambos construíram, na passarela e na tela, espaços simbólicos que revolucionaram o entendimento que nossos olhos tinham destas manifestações artísticas.

Viva o gênio Fernando Pinto!

Professor Mariano
É professor de História, comentarista e pesquisador das escolas de samba do Rio de Janeiro


Fotos disponíveis em: www.tradicaodosamba.com.br

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

A Afirmação do Carnaval de Niterói



O bom desfile do G.R.E.S. Mocidade Independente de Icaraí, da comunidade do Morro do Cavalão, grande campeã do Carnaval de Niterói em 2008, ajudou a mostrar como a festa de Momo, em especial os desfiles de escolas de samba, estão se afirmando na cidade sorriso.

Depois de uma longa noite de ostracismo, as agremiações carnavalescas da cidade voltaram a desfilar com dignidade e brilhantismo. É claro que tem muita coisa a ser feita para que o carnaval de Niterói volte a ser o que foi nos 70 e 80, ou seja, o segundo melhor do país, mas sem dúvida nenhuma que o carnaval de 2008 vai servir como um divisor de águas nesta nova fase do carnaval da cidade.

Muito mais do que os bons desfiles proporcionados pelas escolas e blocos, o que mais saltou aos nossos olhos foi o caráter popular do carnaval niteroiense. A rua da Conceição estava lotada apesar da chuva que não deu trégua em nenhum dia de desfile, mesmo assim famílias com crianças tomaram a passarela de desfile nos intervalos das apresentações das agremiações, dando um tom singular no carnaval.

Nessa volta do carnaval de Niterói é importante também destacar a luta da União das Escolas de Samba e Blocos Carnavalescos de Niterói, representada na figura dos sambistas Ito Machado e Ney Ferreira, grandes baluartes do carnaval. Eles conseguiram, junto com os sambistas, colocarem as agremiações na rua de novo e, melhor ainda, junto com o povo.

Sabemos que para o carnaval de 2009 precisamos melhorar algumas coisas, uma delas é ornamentar com antecedência as ruas da cidade para se criar o quanto antes um clima de carnaval. Outra coisa que consideramos importante, é que o poder público ajude mais os sambistas durante todo o ano, para que tradicionais agremiações, assim como fez o “Bem Amado”, desenrolem suas bandeiras e voltem a manifestarem sua cultura nas ruas da cidade.

Quem sabe com esse apoio não veremos a Corações Unidos, a Cominado do Amor, a Sabiá e tantas outras grandes escolas brilhando novamente no Carnaval de Niterói?

Professor Mariano
É professor de História, comentarista e pesquisador das escolas de samba do Rio de Janeiro

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Mocidade de Icaraí, Grupo dos XV e Unidos do Castro campeões em Niterói

A apuração do carnaval de Niterói, realizada no Clube Canto do Rio na quinta-feira após o carnaval, confirmou o prognóstico feito pela equipe da rádio RCA / programa “Na Cadência da Bateria” durante os desfiles da Rua da Conceição.

Sagraram-se campeãs as agremiações, Mocidade Independente de Icaraí no desfile de escolas de samba, Grupo dos XV pelo grupo I de blocos e o Unidos do Castro pelo grupo II de blocos.



Ito Machado presidente da União das Escolas de Samba e Blocos Carnavalescos de Niterói anunciou as notas e comandou a mesa composta pela diretoria da entidade, pelo Vereador Paulo Bagueira, um dos grandes incentivadores da volta do carnaval na cidade e pelo presidente da Neltur, José Haddad.




As torcidas que lotaram o ginásio do Canto do Rio para acompanhar a apuração fizeram uma verdadeira festa, com destaque para a rapaziada do Unidos do Castro, Folia do Viradouro, Garra de Ouro, Mocidade de Icaraí (que tomou a quadra no final da apuração) e Grupo dos XV, a maior torcida de todas, que deixou as dependências do clube promovendo um desfile de comemoração pelas ruas do centro de Niterói, em plena tarde de quinta-feira, fechando com chave de ouro o carnaval 2008.
Parabéns União das Escolas de Samba, parabéns Neltur, parabéns folião de Niterói pela maravilhosa festa na Rua da Conceição, e que em 2009 o carnaval de Niterói brilhe ainda mais.

São os votos da Equipe Rádio RCA / Programa “Na Cadência da Bateria”

Confira a classificação final dos desfiles da Rua da Conceição

Escolas de Samba:

Campeã: Mocidade Independente da Icaraí
Vice-campeã: Bafo do Tigre
3o. lugar: folia do Viradouro
4o. Novo México
5o. O Bem Amado
6o. Balanço do Fonseca
7o. Unidos da Região Oceânica

Blocos do Grupo I

Campeão: Grupo dos XV
Vice-campeão: Ferimento Leve
3o. lugar: Garra de Ouro
4o. lugar: Banda Batistão
5o. Galo de Ouro
6o. Comunidade Verde e Branco
7o. Barril Verde e Rosa

Blocos do Grupo II

Campeão: Unidos do Castro
Vice-campeão: Grilo da Fonte
3o. lugar:Unidos de Jurujuba
4º. lugar: Pingo D´água
5o. lugar: Cacique da São José

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Precisamos discutir os rumos do carnaval carioca

Ao ver o rendimento muito ruim dos desfiles realizados pelas escolas dos grupos de acesso este ano na avenida, fico pensando se já não está passando da hora dos sambistas discutirem os rumos do carnaval carioca. Será que o carnaval do Rio de Janeiro vai se resumir aos títulos da Beija-Flor de Nilópolis e dos blocos patrocinados da zona sul? Será que os sambistas não estão preocupados com a situação de grandes escolas de samba do carnaval carioca como a “Em Cima da Hora” e “Canários das Laranjeiras” que estão quase enrolando suas bandeiras?

Estas e outras perguntas precisam ser respondidas e discutidas se quisermos continuar a fazer carnaval popular e democrático.

Uma vez o mundo da sociologia disse que o Brasil era uma “Belíndia”, uma mistura rica da Bélgica com a parte pobre e miserável da Índia. Podemos reproduzir tal metáfora na situação atual do carnaval carioca, onde milhões são alocados nas escolas do grupo especial, enquanto as escolas do grupo de acesso nem barracão decente têm para realizar suas utopias carnavalescas, e acabam realizando apresentações abaixo da crítica.

Apresento como sugestão para que estas escolas tentem sair desta situação, uma tomada de posição política, e aí quando falo em posição política, não é se aliar ao poder público ou tendências políticas, é mais que isso, é trazer pautas de reivindicações para estas esferas, questiona-las.
Acho que a realização em breve de um congresso das escolas de samba do grupo de acesso, serviria para dar um pontapé inicial nesta discussão.

Como sambista e comentarista do programa “Na Cadência da Bateria” / Rádio RCA, me preocupa muito a situação atual das escolas dos grupos de acesso, pois não podemos ter a ilusão de que o grupo especial contemplaria hoje, no seu estado de organização, metade destas escolas. Temos que buscar o desenvolvimento destes grupos, fazer com que eles, dentro de suas limitações e singularidades possam realizar utopias carnavalescas tão fascinantes quanto as do grupo especial.

Sambistas dos grupos de acesso se unam em torno de um questionamento da atual situação do carnaval carioca, caso contrário vocês serão, em breve, os ranchos de ontem, que foram banidos da história do carnaval quando algumas escolas de samba viraram cinderelas,

Professor Mariano
É professor de História, comentarista e pesquisador das escolas de samba do Rio de Janeiro

Carnaval de Niterói homenageia o arquiteto Oscar Niemeyer

O aniversário de 100 anos de Oscar Niemeyer foi o tema escolhido pela Prefeitura de Niterói - segunda cidade brasileira que possuiu o maior número de obras do mestre da arquitetura - para ornamentar a passarela de desfile da Rua da Conceição durante o carnaval 2008. Faixas e painéis colocados nas arquibancadas e postes ao longo da passarela mostravam aos foliões, pinturas e ilustrações das obras do mestre. O Bloco Carnavalesco Comunidade Verde e Branco, do bairro do Cubango, uma das agremiações que cruzaram a passarela na segunda-feira também contou a vida e a obra do arquiteto através de seu enredo: “Comunidade canta, 100 anos de Oscar Niemeyer”.

Foram quatro noites de muita alegria e descontração, tudo registrado pela equipe da Rádio RCA / Programa “Na Cadência da Bateria”, mesmo com as chuvas que teimavam em cair.

No sábado a passarela foi ocupada pelos Blocos de Embalo, que não disputam, mas divertem bastante, como o tradicionalíssimo “Bloco do Cantusca”, que abre oficialmente o carnaval da cidade, o “Ta mole, mas é meu”, o “Filhos da Pauta”, o “Tamborim de Ouro” o ”Segundo Clichê” e o “Fora de Casa”.

No domingo foi a vez dos Blocos de Enredo do Grupo II, aí sim, blocos de disputa. Cinco blocos desfilaram, o “Cacique da São José”, o “Grilo da Fonte”, “Unidos de Jurujuba”, o “Pingo d´água” e o “Unidos do Castro” que encerrou o desfile com pinta de campeão”.


Segunda-feira quem fez a festa na Rua da Conceição foram os Blocos de Enredo do Grupo I. O campeão deste grupo desfilará em 2009 como escola de samba. E como não poderia deixar de ser a disputa foi acirradíssima, e todos os sete blocos desfilaram com muita garra. O primeiro a entrar na avenida foi a “Banda Batistão” do bairro do Barreto contando a sua própria história que teve origem numa tradicional festa junina da região. Depois veio o “Barril Verde e Rosa” do Fonseca falando sobre as “conversas de botequim”. O terceiro bloco a desfilar foi o “Galo de Ouro” do Galo Branco em São Gonçalo, com um enredo sobre os personagens infantis, muito bem desenvolvido na avenida. O bloco “Grupo do XV” do morro do Estado foi a quarta agremiação a desfilar com um enredo bastante criativo sobre o famoso mercado de peixe de Niterói. O quinto bloco da noite foi o “Comunidade Verde e Branco” numa justíssima homenagem a Oscar Niemeyer. Depois foi a vez do “Garra de Ouro” tomar conta da avenida. Encerrando o desfile passou o “Ferimento Leve”, que levou para a avenida um contingente bastante animado num enredo que narrava a história do bloco desde a época que ainda desfilava pelas ruas do bairro do Vital Brasil.

E na terça-feira, encerrando o carnaval, foi a vez das Escolas de Samba. Sete escolas fizeram a alegria do grande público presente à avenida, que não arredou pé apesar da chuva que caia na cidade. A primeira escola a desfilar pontualmente às 20h foi “O Bem Amado” tradicionalíssima escola da cidade que volta a desfilar depois de quase 20 anos de inatividade. O enredo não poderia ser mais niteroiense, Gérson “o canhotinha de Ouro” uma das maiores personalidades da cidade. Depois vieram a “Folia do Viradouro(foto ao lado) e o “Balanço do Fonseca”, recém promovidas do grupo de blocos, mas que não fizeram feio, desfilando de igual para igual com as escolas “veterenas”. A seguir as campeãs do ano passado, “Acadêmicos do Novo México”, que fez um desfile aquém do esperado por se tratar da atual campeã, e “Mocidade Independente de Icaraí”, que teve uma de suas alegorias quebradas durante o desfile, prejudicando um pouco a evolução da escola. Nada que deva abalar o favoritismo já que a azul e branca do morro do Cavalão apresentou um carnaval belíssimo, três alegorias muito bem acabadas, fantasias luxuosas e um contingente significativo. Sem dúvida a grande favorita ao título. A sexta escola a desfilar foi a “Unidos da Região Oceânica” com um enredo em homenagem ao compositor Gustavo Clarão, campeoníssimo de sambas na Viradouro, e que desfilou como destaque no único carro alegórico da escola. Com um contingente pequeno e fantasias simples a agremiação de Itaipu certamente não disputará o título. Encerrando o desfile, a mais antiga escola de samba em atividade de Niterói, a “Bafo do Tigre”, fundada em 1964, fechou com chave de ouro o carnaval apresentando um enredo que falava da cachaça, por sinal muito bem desenvolvido e que deve credenciar a preta e amarela do morro do Estado como uma das candidatas ao título do Carnaval 2008.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Desfile da Viradouro não arrepiou


Ninguém tem dúvida do talento de Paulo Barros, já que, quando ainda era carnavalesco da Paraíso do Tuiuti do grupo de acesso, fez um extraordinário carnaval sobre o pintor Portinari. Naquela oportunidade Paulo Barros inovou no carnaval trazendo para a avenida carros alegóricos humanizados.

Este ano Paulo Barros resolveu levar para a avenida, como enredo da Viradouro, o tema “Arrepio”, e acho que esse foi o grande problema, para que a escola de Niterói não tivesse um bom rendimento perante os jurados. Paulo Barros não conseguiu materializar o tema em enredo de escola de samba. Para qualquer assunto virar enredo ele precisa ter elementos constitutivos que o faça ter sentido de uma história. Esses elementos são os seguintes: situação inicial onde os personagens e o espaço são apresentados; quebra da situação inicial, quando um acontecimento modifica a situação apresentada; estabelecimento de um conflito, quando surge uma situação a ser resolvida que quebra a estabilidade de personagens e acontecimentos; desenvolvimento, quando se busca a solução do conflito; clímax, o ponto de maior tensão da narrativa de um enredo e o epílogo quando ocorre o desfecho da história constituída.

Portanto quando alguém se propõe fazer um enredo, tem que, necessariamente, organizá-lo de alguma forma, no sentido de dar a ele um caráter narrativo histórico. Por isso, embora Paulo Barros tenha em alguns momentos do seu desfile, arrepiado a platéia com carros alegóricos visivelmente impactantes, seu enredo em si não conseguiu arrepiar como era seu objetivo.

Um outro problema encontrado no carnaval apresentado por Paulo Barros na Viradouro foi a falta de sentido carnavalesco em algumas alegorias. Uma pista de esqui pode estar em qualquer lugar, mas para se fazer representar num desfile de escola de samba tem de estar carnavalizada. A alegoria de uma criança sangüentada na avenida pode ser algo arrepiante, mas seria carnavalesco?

Acho que o carnaval idealizado por Paulo Barros este ano na Viradouro deixa uma lição para os carnavalescos: não basta serem apenas criativos, a criatividade deve estar aliada a um sentido histórico e principalmente a um espírito carnavalesco.
Professor Mariano
É professor de História, comentarista e pesquisador das escolas de samba do Rio de Janeiro
fotos: Alegorias do G.R.E.S. Unidos do Viradouro Carnaval 2008
AF Rodrigues (disponíveis no site da Prefeitura do Rio de Janeiro: www.rio.rj.gov.br)

A volta do segundo carnaval do país


Em meados da década de 70, Jorge Amado participou do carnaval de Niterói como julgador. Diante da qualidade dos desfiles que as agremiações da cidade proporcionaram o escritor baiano declarou: “O carnaval de Niterói é o segundo melhor do país”. E o que parecia impossível aconteceu. O carnaval que encantava a população da cidade e quem a visitava acabou.

O segundo melhor carnaval do país passou então a ser o da terra de Jorge Amado.

Poderíamos apontar vários motivos que decretaram o fim dos desfiles das escolas de samba em Niterói, mas um, com certeza foi determinante, a política que se instalou na cidade e que pouco, ou nenhum valor deu às suas manifestações culturais populares. Vimos a construção do Museu da Arte Contemporânea, a reforma do Theatro Municipal e uma série de obras de infra-estrutura que, de fato deram visibilidade à cidade no cenário nacional, porém nenhum investimento no carnaval. Vimos nossas principais agremiações atravessarem a ponte para disputarem o carnaval carioca, vimos nossos foliões, que antes lotavam as ruas Amaral Peixoto e Conceição viajarem para cidades vizinhas e até para a Bahia, deixando nossa Niterói às moscas durante o carnaval por uma década.

Porém os sambistas da cidade clamavam pelo retorno do nosso carnaval e liderados por dois ícones dos antigos carnavais da cidade, Ito Machado (presidente da Viradouro quando a vermelho e branco desfilava na Amaral Peixoto) e Ney Ferreira (fundador da Cubango e também presidente da escola nos tempos da Amaral Peixoto), reuniram vários sambistas da cidade e com apoio de vereadores e poder público iniciaram o processo de revitalização do carnaval em 2004.

Várias agremiações apostaram no sonho do retorno da festa e cruzaram, ainda que sem disputa, a Rua da Conceição, a mesma rua onde em 1946 ocorreu o primeiro desfile oficial de escolas de samba na cidade. Em 2005, já com a União das Escolas de Samba e Blocos Carnavalescos de Niterói fundada, organizam a volta dos desfiles de competição na rua da Conceição com quatro escolas de samba. Como já era esperado o processo evoluiu, o povo que lotou a passarela de desfiles e as autoridades municipais, que deram o apoio de infra-estrutura com montagem de arquibancadas e banheiros químicos, voltaram a acreditar no potencial do carnaval de Niterói e neste ano já com oito escolas de samba e dezesseis blocos carnavalescos vimos na Rua da Conceição uma verdadeira festa.
Sabemos que ainda há o que evoluir, mas tivemos provas suficientes do potencial da cidade e de seu povo em transformarem o carnaval de Niterói novamente no “segundo melhor carnaval do país”.

Luiz Eugenio
É jornalista e pesquisador do Carnaval de Niterói.

Foto:
A ornamentação da Rua da Conceição em 2004.
Disponível em: victorfrank.blogspot.com/2007_04_01_archive.html

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Mais que um programa, um projeto!


O lançamento deste blog é mais um passo que nós da equipe "Na Cadência da Bateria" damos na realização de um trabalho de divulgação do carnaval carioca, nos juntando a outros veículos de comunicação.


Nosso projeto não se limitará apenas em abordar as grandes escolas de samba do Rio de Janeiro, mas também as que desfilam nos grupos de acesso e os blocos carnavalescos de competição, que na verdade são os que mais precisam de divulgação.

Por atuarmos numa rádio comunitária de Niterói (a RCA FM 88,3), abordaremos também o carnaval da cidade que durante mais de 10 anos ficou esquecido e acabou completamente, mas que desde de 2004 vem buscando se reestruturar, e quem sabe até voltar a ser o segundo melhor carnaval do país, como era conhecido nas décadas de 70 e 80.

Enfim, muito mais que um programa de rádio ou um blog na internet, ou quem sabe até um jornal impresso, o "Na Cadência da Bateria" é um projeto de comunicação, que tem a pretensão de elevar cada vez mais a bandeira do carnaval em todo Estado do Rio de Janeiro, fortalecendo suas agremiações e suas comunidades, independente do grupo ou praças em que desfilem.


Equipe "Na Cadência da Bateria"
← Postagens mais recentes Página inicial

Na Cadência da Bateria

Na Cadência da Bateria
Carnaval de Niterói é na Cadência

Aconteceu na Avenida

Aconteceu na Avenida
O editor do blog, Luiz Eugenio, entrevistando o intérprete Willian no Carnaval 2008

Musa da Cadência 2013

Musa da Cadência 2013
Danúbia Gisela, a madrinha da bateria do GRES Tá Mole mas é Meu

Momentos do Carnaval 2013

Momentos do Carnaval 2013
Jéssica. Porta-bandeira do Experimenta da Ilha

Explosão da Folia

Explosão da Folia

Folia e Souza. Campeãs 2015

Folia e Souza. Campeãs 2015