O último 22 de novembro, dia em que Niterói comemorou 435 anos de fundação, ficará para sempre marcado na história da cidade. Era uma noite chuvosa de sábado, como nos tempos difíceis do carnaval carioca. Alí, na praça do alto do morro de São Lourenço, nascia uma singular agremiação carnavalesca denominada Araribloco. Seu singularismo está justamente no seu nascer, ímpar, na escadaria da Igreja católica, assim como nos tempos do Brasil Colonial.
Ao ar livre, os jovens integrantes do recém nascido bloco, convidaram para o seu batimo nada mais do que a Velha Guarda da Unidos do Viradouro. Juntos, Araribloco e Viradouro, celebraram diante da Deusa natural chuva, e a cruz do imaginário católico, o sincretismo sócio-cultural que faz do Rio de Janeiro algo revelador da alma brasileira.
A bateria na escadaria da Igreja de São Lourenço dos Índios
Em tempos modernos quando as grandes escolas de samba viram empresas em busca de dinheiro, presenciar a criação de uma agremiação carnavalesca, trazendo consigo tanto simbolismo e história social, nos dá a certeza de que o processo derevitalização do carnaval de Niterói está no caminho certo e que uma essa nova matiz, trás consigo muita história.
Sr. Almir, presidente da Velha Guarda da Viradouro e a jovem porta-bandeira do Araribloco
Ito Machado, presidente da União das Escolas de Samba e Blocos de Niterói, também esteve presente ao batizado do Araribloco
Professor Mariano,
é professor de História e comentarista do programa "Na Cadência da Bateria"
é professor de História e comentarista do programa "Na Cadência da Bateria"
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