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terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

EDITORIAL: O velho caso das subvenções

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019
A exatos 30 dias dos desfiles oficiais do Carnaval de Niterói, as Escolas de Samba da cidade ainda não sabem quando vão receber a subvenção pública para a confecção dos seus desfiles. 
NA CADENCIA DA BATERIA
Faixa estendida próximo à sede da Neltur simboliza reivindicação de presidentes das escolas de samba de Niterói (foto divulgação)
NA CADENCIA DA BATERIA
Preocupados com a situação, um grupo de dirigentes de algumas agremiações realizaram nesta semana uma manifestação em frente à sede da Neltur (Niterói Empresa de Turismo e Lazer), órgão municipal que organiza o carnaval e repassa as verbas às escolas.
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O atraso na liberação da subvenção é assunto antigo no carnaval niteroiense. Mesmo quando era considerado o segundo melhor carnaval do País, as escolas de samba do lado de cá da Baía de Guanabara sofriam para recebê-la. Nas décadas de 1970 e 1980 não era raro a verba ser liberada em datas próximas ao carnaval. O tema continuou preocupando os sambistas mesmo após a dita "revitalização do carnaval", em 2006. Nesse período acompanhamos tantas outras manifestações e mobilizações de presidentes de escolas pela agilidade do repasse das verbas. No último ano uma nova liga foi criada para tentar mudar esse cenário, mas pelo visto os problemas continuam.
NA CADENCIA DA BATERIA
A crise econômica, sempre usada como desculpa em diversas épocas, levou a falência de muitos desfiles pelo Brasil, e no Estado do Rio alguns com grande tradição, como o de São Gonçalo, Maricá e Cabo Frio. Na capital as tradicionais e todas poderosas escolas de samba são as mais novas personagens dessa realidade. Há dois anos, período que marca a gestão do prefeito, e pastor evangélico, Marcelo Crivela, as grandes escolas amargaram reduções anuais de 50%, fazendo a verba despencar de 2 milhões em 2017 para 500 mil em 2019. No grupo de acesso, a conhecida Série A, a verba chegou a 250 mil, e sem qualquer previsão de pagamento
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Em Niterói, as questões de verbas parecem não ter ligação com religião ou com a crise que se instalou no País, já que as três agremiações da cidade que participam dos desfiles na capital receberam juntas 4 milhões. Unidos do Viradouro (2,1 milhões), Acadêmicos do Cubango (1,4 milhões) e Acadêmicos do Sossego (500 mil). Valores bem acima das verbas oficiais da Capital para seus respectivos grupos.
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Nada contra as tradicionais agremiações, tratam-se de patrimônios culturais da cidade que devem ser valorizadas, mas esse montante seria suficiente para proporcionar um espetáculo digno com as agremiações que aqui desfilam, que movimentam suas comunidades, e poderiam oferecer muito mais.
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Com organização, planejamento e boas ideias o Carnaval de Niterói poderia se transformar num evento popular e participativo, atraente a turistas, investidores e até a nossa gente que hoje lota as barcas rumo ao Carnaval Carioca. Basicamente o carnaval niteroiense atualmente se limita a dois dias de desfiles das escolas de samba na estreita Rua da Conceição, alguns tímidos blocos e coretos. Os grandes blocos da cidade desfilam em período pré-carnavalesco.
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Niterói tem potencial para fazer um grande Carnaval, tem vocação para o turismo, porém ambos tão pouco explorados no período de Momo. Imaginem as Escolas de Samba desfilando no Caminho Niemeyer, tendo como pano de fundo a Baía de Guanabara? E ainda a utilização dos vários equipamentos com shows de samba? Exposições? Imaginem a criação de circuitos de blocos vindos da Zona Sul e Zona Norte cruzando a Amaral Peixoto?
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Enfim, Niterói precisa de um carnaval de fato popular, que motive nossa gente a curti-lo, que atraia turistas, que lote as praias, os salões, as ruas, avenidas e quem sabe volte a ser o Segundo Melhor do País.

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