
História - Anastácia nasceu em Pompeu, Minas Gerais, em 1740. Ela tinha uma beleza que provocava paixões, assim como provocava ódio. Negra de olhos azuis, era cobiçada pelos feitores. Foi violentada, discriminada, subjugada. Ela, até hoje, é admirada pela comunidade negra, como um símbolo de resistência, física e espiritual. Seus olhos azuis vêm do senhor de engenho que comprou e violentou Delmira, sua mãe, uma jovem negra também bonita, arrematada num leilão de escravos.
A Escrava Anastácia, por não aceitar os assédios dos senhores de engenho, foi castigada e obrigada a usar uma máscara de ferro, que só era retirada nas horas de refeição. De início, seria um castigo temporário, mas as mulheres da Casa Grande exigiram que a punição fosse permanente, temendo que seus homens as trocassem por Anastácia.
A Escrava Anastácia se mantém viva na religião, na raça negra, na luta contra a discriminação racial, na luta contra a violência contra as mulheres. É essa história que o Grilo da Fonte vai cantar na avenida.