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terça-feira, 4 de junho de 2019

O SAMBA SEGUE SAMBANDO...

terça-feira, 4 de junho de 2019
O SAMBA SEGUE SAMBANDO...
por Luiz Eugenio | Na Cadência da Bateria

“Vejam só, o jeito que o samba ficou” após três anos de interferência de “dirigentes poderosos”. “Criam tanta confusão, que o samba vai perdendo a tradição”. Paraíso do Tuiuti e Grande Rio, beneficiadas com as viradas de mesas de 2017 e 2018, Estácio de Sá, a ioiô dos últimos anos, Mocidade Independente de Padre Miguel, já cotada pra cair, União da Ilha do Governador, apontada como provável rebaixada em 2019, a Unidos da Tijuca, o Acadêmicos do Salgueiro, e até, veja você, a São Clemente, no melhor estilo “faça o que eu falo não faça o que faço”, votaram a favor da permanência da Imperatriz no Grupo Especial em 2020. E só a Imperatriz. O Império que já havia se beneficiado em 2018, desta vez, ficou a “cantar, e cantar, e cantar...”

O motivo da virada de mesa? Nenhum. Segundo Jorge Castanheira, que renunciou à presidência da LIESA, logo após anunciar o resultado da votação, na noite de segunda-feira, 3 de junho de 2019, as escolas apenas apresentaram um manifesto à Liga pedindo a permanência da representante da Leopoldina no Grupo Especial. Portela e Mangueira, que já haviam votado contra a interferência na classificação do Carnaval 2018 - que salvou a Grande Rio e o Império Serrano – a Beija-Flor dos Abraão David, a Vila Isabel do Capitão e a Viradouro dos Calil, votaram contra a escola do Sr. Luiz. Com que objetivo? Vamos saber em breve.

Fato é que “hoje o samba é dirigido com sabor comercial”. Compra-se samba, compram-se alas, e até baianas. O problema não está só nos "Rambo-sitores de mente artificial”, nem nos “carnavalescos e destaques vaidosos”, mas sim “no poder de quem dá mais”. E não é privilégio de quem é Especial, não! Vende-se vaga no Grupo D, aluga-se um CNPJ no Grupo C, quem sabe até no A?

Enquanto buscamos essas respostas, refletimos sobre o futuro dos desfiles e sonhamos com a quarta-feira de cinzas encerrando o carnaval... mais uma escola de samba foi fundada. Afinal, “o show tem que continuar”. O carnaval vai continuar, os desfiles das escolas também. Talvez sem o povão, já “fora do jogada” há algum tempo, sem tanta credibilidade, sem subvenção, sem identidade, sem vergonha na cara. Mas “muita gente ainda pode faturar”, até que as escolas de samba se juntem aos ranchos e às grandes sociedades.




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