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quarta-feira, 6 de março de 2019

Souza Soares e Magnólia Brasil brigam pelo título do Carnaval de Niterói

quarta-feira de cinzas, 6 de março de 2019
Na noite de gala dos desfiles das escolas de samba de Niterói, muita alegria e equilíbrio na disputa do título do Grupo Especial do carnaval da cidade. 

A Souza Soares caprichou nos quesitos plásticos e se credenciou ao título do carnaval de Niterói (foto: Na Cadência da Bateria | Luiz Eugenio) 

Em um desfile superior ao do ano passado as escolas mostraram garra para superar problemas e fizeram, em geral, muito boas apresentações na rua da Conceição, brindando o grande público presente. A Souza Soares, de Santa Rosa e a Magnólia Brasil, do Fonseca despontam como favoritas ao título.

O Experimenta da Ilha da Conceição, campeão do Acesso em 2018, abriu o desfile com um bom samba enredo e uma bonita e singela homenagem ao estado de Pernambuco e não deixou passar nenhum detalhe desde frevos a maracatus, do Recife à Olinda, apresentando o melhor desenvolvimento de enredo da noite. A escola foi "...cabra da peste, arretada e sangue forte" do início ao fim do desfile. A estrela da Ilha da Conceição brilhou.


A segunda escola da noite foi o Império de Araribóia que contou a história do clube esportivo e social Tio Sam, homenageando também os seus fundadores Antônio e Terezinha Kalil. Com chão forte, a verde e branco de São Lourenço fez um ótimo desfile, um degrau abaixo das favoritas, principalmente no quesito alegorias, mas "...bateu mais forte no coração" e também pode sonhar com o título. Destaque para o carro de som da escola comandado por Tatalho Vieira, que este ano teve o auxílio de Anderson Kibba, de volta ao carnaval.
A terceira escola a se apresentar foi a Magnólia Brasil, e a azul e branco do Fonseca o fez de maneira grandiosa exaltando a cultura de Cuiabá, capital do estado do Mato Grosso, com um samba que funcionou bastante bem, levando os componentes a uma ótima evolução e muita animação. "Arrastou a sandália, levantou a poeira". Candidatíssima ao título.

A Magnólia brasil apresentou um dos melhores conjuntos alegóricos da noite (foto: Na Cadência da Bateria | Léo Ribeiro) 

Antes da entrada da Sabiá, quarta escola da noite, a Unidos do Viradouro, uma das favoritas ao título do Grupo Especial do Carnaval do Rio de Janeiro, fez a sua exibição hors concours para brindar o público da sua cidade.

A parada para o desfile da Viradouro, serviu para a Sabiá dar os últimos retoques nas alegorias que ainda estavam sendo confeccionadas na concentração. Quarta escola a desfilar, a verde e branco da Vila Ipiranga teve sérios problemas não só com alegorias mas também em fantasias. A bateria, uma das melhores da noite, se não a melhor, desfilou totalmente desfigurada no quesito plástico, ainda assim cantou o melhor samba da noite - no enredo sobre Oxalá - muito bem interpretado pelo ótimo Niu Souza. A segunda mais antiga escola de samba da cidade corre o risco de não estar no grupo principal em 2020.

Enquanto a Sabiá sofria para entrar na avenida, a quinta escola da noite, a Souza Soares já estava totalmente armada na concentração, seus componentes já fantasiados, as alegorias alinhadas e a bateria ensaiando o ritmo que faria da escola de Santa Rosa um das favoritas ao título. Com o maior contingente da noite, a verde e branco cantou a África, e proporcionou um desfile impecável com bom conjunto de fantasias e um abre alas suntuoso, a melhor alegoria da noite. Desfile perfeito.

A sexta escola da noite foi a Unidos da Região Oceânica que homenageou a "pimentinha" Elis Regina, num desfile emocionante que levou à lagrimas seu presidente. O destaque ficou por conta da ótima Comissão de Frente, com coreografia perfeita. 

Um verdadeiro show, como seu coreógrafo já havia adiantado à Cadência da Bateria, pouco antes do carnaval.  Apesar do bom desfile os sambistas de Várzea das Moças não devem sonhar com o título. 

Mais uma bela apresentação da comisssão de frente comandada pelo coreógrafo Paulo Pinna na Rua da Conceição (foto: Na Cadência da Bateria | Luiz Eugenio) 
A sétima escola a pisar o chão da passarela da Conceição foi a campeã de 2018. Tentando o bicampeonato a Alegria da Zona Norte não mostrou a mesma garra que a caracterizava nos carnavais anteriores. Fez um desfile aquém de sua reconhecida capacidade. O samba não rendeu o esperado e não conseguiu contagiar a escola que passou morna.

A oitava escola foi a tradicionalíssima Combinado do Amor. A águia do Caramujo - mais antiga agremiação da cidade e uma das mais antigas do Brasil -, não voou alto nesse carnaval. Apesar do ótimo enredo sobre o médico e cientista Vital Brasil e o Instituto que recebe o seu nome, a águia não decolou. Fantasias simples, alegorias de gosto duvidoso e com problemas da acabamento, não estavam à altura das tradições do Combinado. Destaque para a Velha-Guarda elegantemente vestida e para os intérpretes Wagner do Vale e Lena Alves, que volta ao Combinado após uma temporada na Alegria da Zona Norte. Infelizmente, a azul e branco corre riscos de não estar no grupo no carnaval 2020.
A nona escola da noite foi a Folia do Viradouro, quatro vezes campeã do carnaval niteroiense. Com uma Comissão de Frente muito bem coreografada e um enredo bem resolvido, a Folia fez um bom desfile. O samba cresceu na avenida e conduziu bem a escola que, mas desta vez a escola de Santa Rosa não está entre as favoritas. 

Comissão de frente da Folia do Viradouro também fez uma boa apresentação (foto: Na Cadência da Bateria | Léo Ribeiro) 

O tradicional Bafo do Tigre, do morro do Estado - última escola da noite -, se apresentou de maneira digna. Vice campeã do Acesso ano passado, cantou um enredo que homenageou a música e apesar do desfile apenas regular mostrou que deve permanecer no grupo de elite do carnaval niteroiense.

Apuração será realizada nesta quinta-feira à tarde na quadra do Unidos do Viradouro.

Equipe Cadência Carnaval 2019
Luiz Eugenio
Professor Mariano
Eduardo Poeta
André Gustavo
Léo Ribeiro
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