.

.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Grupo dos 15 inicia nova etapa com coroação da Rainha de Bateria neste sábado

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018
Uma das escolas de samba que participa do carnaval niteroiense desde sua revitalização em 2006, a escola de Samba Grupo dos 15, do Morro da Chácara, no Centro da cidade, inicia nova fase neste sábado, 15 de dezembro, quando apresentará sua nova diretoria para o próximo triênio.

Presidência - Aclamada no dia 9 de julho de 2018, caberá a presidente Carol, integrante da escola há 13 anos e diretora há quatro, reconduzir a azul e branca ao Grupo Principal. "Fui surpreendida pelo convite do ex-presidente Didinho que achou que era hora de renovar. Estou bem confiante, encontrei pessoas maravilhosas que estão vindo pra escola com muita disposição e amor ao samba", disse a presidente à Cadência da Bateria.

Coroação - Além da apresentação oficial da diretoria, evento deste sábado na quadra da Rua Dr. Celestino, no Centro de Niterói, terá ainda o lançamento oficial do enredo 2019, apresentação do casal de mestre-sala e porta-bandeira e a coroação da nova Rainha de bateria da escola, Alessandra Prudêncio. Bastante conhecida nos desfiles Rua da Conceição, a 'passista' como gosta de ser lembrada, já foi Rainha do Carnaval de Niterói e da bateria da Folia do Viradouro por três carnavais, volta aos desfiles de Niterói à frente da bateria do Grupo dos 15. "Estou com uma alegria enorme no coração, a todo vapor. Estou maravilhada", disse a radiante Alessandra, eleita pelo Grupo Cadência, a melhor Rainha de Bateria do Carnaval de Niterói em 2014.

A presidente Carol, falou à Cadência sobre o que a motivou pela escolha da Alessandra. "Escolhi Alessandra por ser carismática,  humilde e uma preta que tem samba no pé", explicou a presidente.

A coroação da Rainha Alessandra acontece neste sábado, 15 de dezembro, a partir das 20h na quadra da Rua Dr. Celestino, nº78. Entre as atrações show com Thati Sorriso e Jorge do Chapéu e claro a bateria de Mestre Thiago.

O Grupo dos 15 será a segunda escola a desfilar pelo Grupo B, na segunda-feira de carnaval, dia 4 de março, na Rua da Conceição com enredo em homenagem à Chica da Silva.

Enredo - O enredo da escola para 2019 será "Chica da Silva, de escrava à rainha, vem brilhar no carnaval", que está sendo desenvolvido pelo carnavalesco Júnior Bombom, já campeão do carnaval niteroiense com a Folia do Viradouro. "Estamos bem organizados e vamos tentar impressionar na avenida", disse a presidente Carol.

Confira a sinopse do Enredo do Grupo dos 15 para 2019:

"Chica da Silva de escrava a rainha , vem brilhar no carnaval."

Francisca da Silva de Oliveira, vulgo, Chica da Silva, foi uma escrava que viveu no arraial do Tijuco, atual Diamantina, Minas Gerais, durante a segunda metade do século 18. Durante mais de quinze anos manteve uma união consensual com o rico contratador dos diamantes João Fernandes de Oliveira tendo com ele treze filhos. Segundo a imaginação popular e várias obras de ficção, Chica da Silva foi uma escrava que se fez rainha utilizando sua beleza e apetite sexual para seduzir os poderosos, entre eles, João Fernandes, cuja fortuna se dizia ser maior do que a do rei de Portugal.

Nasceu entre 1731 e 1735 e de acordo com a maior parte dos autores, sua mãe era africana da Costa do Marfim.

Foi escrava do sargento-mor Manoel Pires Sardinha. o qual foi o pai do seu primeiro filho.

Em seguida, Chica da Silva foi vendida como escrava ao Padre Rolim .

Em 1753, João Fernandes de Oliveira chegou ao arraial para assumir a função de contratador dos diamantes. Em 1754, Chica foi adquirida e alforriada pelo novo explorador de diamantes com o qual passou a viver sem que nunca tivessem se casado oficialmente.

O casal teve 13 filhos durante os anos em que conviveu. Todos foram registrados no batismo como sendo filhos de João Fernandes, ato incomum na época quando os filhos bastardos de homens brancos e escravas eram registrados sem o nome do pai.

Na região durante o apogeu econômico.

Desfrutando do poder e riqueza do contratador, Chica deu uma grande guinada em sua vida e acabou por receber o apelido de "Chica que manda". A ex-escrava costumava freqüentar as missas coberta de diamantes e acompanhada por 12 mulatas muito bem vestidas. Depois que ganhou a liberdade, foi morar em uma grande casa, construída em forma de castelo, com capela particular e um teatro totalmente equipado, o único existente na região.

Separaram-se em 1770, quando João Fernandes necessitou retornar a Portugal para receber os bens deixados em testamento pelo pai. Ao partir, levou consigo seus quatro filhos homens. Em Portugal, esses filhos receberam educação superior, ocuparam postos importantes na administração do Reino e até receberam títulos de nobreza.

Chica da Silva ficou no arraial do Tijuco com as filhas e a posse das propriedades deixadas pelo amásio, o que lhe garantiu uma vida confortável.

Apesar de ser uma concubina, Chica alcançou prestígio na sociedade local e usufruiu das regalias exclusivas das senhoras brancas. Na época, as pessoas se associavam a irmandades religiosas de acordo com a sua posição social. Chica pertencia às Irmandades de São Francisco e do Carmo, que eram exclusivas de brancos, mas também às irmandades das Mercês - composta por mulatos - e do Rosário - reservada aos negros. Portanto, Chica da Silva tinha renda para realizar doações a quatro irmandades diferentes, era aceita como parte da elite local composta quase que exclusivamente por brancos, mas também mantinha laços sociais com mulatos e negros por meio de suas irmandades. Apesar disto, logo que foi alforriada passou a ser dona de vários escravos que cuidavam das atividades domésticas de sua casa.

Faleceu em 1796. Como era costume na época, Chica tinha o direito de ser sepultada dentro da igreja de qualquer uma das quatro irmandades a que pertencia. Foi sepultada dentro da igreja de São Francisco de Assis pertencente à mais importante irmandade local, um privilégio quase que exclusivo dos brancos ricos, o que demonstra que manteve a condição social mais alta mesmo vários anos após a partida de João Fernandes.
← Postagem mais recente Postagem mais antiga → Página inicial

0 comentários:

Postar um comentário

Na Cadência da Bateria

Na Cadência da Bateria
Carnaval de Niterói é na Cadência

Aconteceu na Avenida

Aconteceu na Avenida
O editor do blog, Luiz Eugenio, entrevistando o intérprete Willian no Carnaval 2008

Musa da Cadência 2013

Musa da Cadência 2013
Danúbia Gisela, a madrinha da bateria do GRES Tá Mole mas é Meu

Momentos do Carnaval 2013

Momentos do Carnaval 2013
Jéssica. Porta-bandeira do Experimenta da Ilha

Explosão da Folia

Explosão da Folia

Folia e Souza. Campeãs 2015

Folia e Souza. Campeãs 2015