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sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

EDITORIAL: Haberemus Carnaval em 2019?

sexta-feira, 4 de janeiro de 2019
É isso aí amigos e bambas da Cadência da Bateria! Tem início um novo ano. E junto com ele chega o pré carnaval. Agora é pra valer! É? Será? Com tantos problemas envolvendo os preparativos das escolas, com governantes conservadores tomando posse, com os mesmos dirigentes gananciosos, vaidosos e trapalhões de sempre e com uma crise econômica que foi fabricada propositadamente por canalhas irresponsáveis, mas que tomou uma proporção além do esperado e ganha agora contornos dramáticos nas mãos de oportunistas incompetentes.

Algumas dúvidas pairam no ar nos causando desgosto e preocupação. Haverá carnaval? O desfile acontecerá? Conseguirão as escolas colocar na avenida o Carnaval esplendoroso que se tornou uma tradição nacional e popular - embora o povo, já há alguns anos venha sendo mantido afastado da festa por diferentes motivos, e atualmente demonstrar muito pouco interesse pela festa - que converteu-se ao longo dos anos o maior espetáculo da terra?

Difícil manter o otimismo, por mais que estejamos torcendo para que tudo corra bem e o espetáculo aconteça em todo brilho e esplendor que estamos habituados. Que o show aconteça e seja o sucesso de sempre. Mas como não ficar preocupados diante das circunstâncias que se apresentam a começar pelos dois últimos carnavais cujos resultados recheados de suspeições e viradas de mesas colocam na berlinda a própria seriedade da disputa.

Nos são também motivos de assombro o fantasma da complicada situação financeira, gerada pelo impasse entre a desacreditada entidade que representa (?) os interesses das Escolas de Samba e a prefeitura, gerida por um líder religioso neopentecostal que confessadamente odeia carnaval, e a retirada de tradicionais patrocinadores do evento sem que tenham sido substituído por novas empresas interessadas em bancá-lo, além de inúmeros outros problemas que colocam sob júdice a real capacidade e interesse dos organizadores na realização desse desfile no Carnaval que se avizinha. 

São várias as escolas de samba com atrasos em seus barracões sob alegação de falta de verba. E temos ainda algumas agremiações que, nos últimos meses, viram-se envolvidas em complicadíssimas situações de constrangimentos públicos, muitas vezes gerados por questões extra carnavalescas. Divisão por questões políticas internas no Salgueiro, presidente da Manga preso, barracão da Grande Rio investigado pela Polícia Federal sob suspeita de lavagem de dinheiro. Há ainda questões polêmicas de cunho artístico que, fosse outro o cenário político, econômico e estrutural, enriqueceriam o imaginário dos amantes do carnaval, muito mais do que causariam ânsia: Beija Flor sem Laíla, Laíla sem Beija Flor, Portela com estilista francês, Quinho de volta ao Salgueiro, referência a vereadora assassinada Marielle Franco, a capacidade da Tuiuti em manter o padrão que encantou no carnaval público e crítica no passado. 

Em meio a toda essa tensão que envolve o mundo do samba, fazendo com que este tenha se tornado, talvez, o pré Carnaval mais improvável em muitos anos, creio que a maior de todas dúvida que nos angustia neste momento seja diga respeito ao cumprimento das normas estabelecidas e constantemente quebra das pela própria Liga: Haverá rebaixamento em 2019?
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3 comentários:

  1. Salve a Cadência da Bateria! Salve a maior festa popular do mundo. As escolas de samba precisam voltar a pertencer as pessoas que as têm no coração: aos sambistas e as suas comunidadea. É preciso restará-las das mãos dos detratorea que as dominaram e as controlam com mãos de ferro, usando-as para se promoverem ou para realização de transações ilícitas. Escolas de Samba não precisam de gestão ou transparência. Precisam ser respeitadas e valorizadas como genuínas manifestações de nossas tradições nacionais. Escolas de Samba não são empresas. São paixão, cultura e raiz. E carnaval não pode nem deve ser tratado como um mero produto comercial. Carnaval é a festa do povo. É liberdade , é inversão, é anarquia. E o desfile é a sua manifestação mais plena. É a expressão máxima da criatividade popular em forma de arte.
    André Gustavo - colunista dessa casa com muita honra.

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  2. Salve a Cadência da Bateria! Salve a maior festa popular do mundo. As escolas de samba precisam voltar a pertencer as pessoas que as têm no coração: aos sambistas e as suas comunidadea. É preciso restará-las das mãos dos detratorea que as dominaram e as controlam com mãos de ferro, usando-as para se promoverem ou para realização de transações ilícitas. Escolas de Samba não precisam de gestão ou transparência. Precisam ser respeitadas e valorizadas como genuínas manifestações de nossas tradições nacionais. Escolas de Samba não são empresas. São paixão, cultura e raiz. E carnaval não pode nem deve ser tratado como um mero produto comercial. Carnaval é a festa do povo. É liberdade , é inversão, é anarquia. E o desfile é a sua manifestação mais plena. É a expressão máxima da criatividade popular em forma de arte.
    André Gustavo - colunista dessa casa com muita honra.

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