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quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Mestres de bateria do Grupo Especial se reúnem para apoiar Chuvisco, da Vila Isabel

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018
Amizade e a fraternidade são engrenagens essenciais para a dinâmica do carnaval carioca, mesmo diante da competição que faz os profissionais das escolas de samba disputarem cada décimo na apuração da quarta-feira de cinzas. Prova dessa união foi a presença de mestres de bateria do Grupo Especial durante o ensaio da Vila Isabel na Marquês de Sapucaí nesta terça (10/01). Os mestres Ciça (da União da Ilha), Rodney (da Beija-Flor), Rodrigo Explosão e Vitor Art (da Mangueira) se reuniram para apoiar Chuvisco, que estreia no comando da Swingueira de Noel para o desfile de 2018 após uma temporada de sucesso na Estácio de Sá, encerrada com chave de ouro e quatro notas dez no ano passado. Os mestres Mug e Paulinho Botelho, que já passaram pela bateria da azul e branca, também prestigiaram o treino. (foto: Eduardo Hollanda)

Mestre Ciça, que soma três décadas de trabalho nas quadras e no Sambódromo, vê com orgulho a presença de Chuvisco no cargo. Os dois músicos se conhecem desde a década de 1990, quando Ciça ainda comandava a bateria da Estácio e tinha em Chuvisco uma das suas referências entre o time de ritmistas. "O Chuvisco é um amigo meu, cria minha da Estácio. Vim apoiar porque é o primeiro ano dele na Vila e acho que a escola está caminhando legal. No começo foi difícil e é normal quando você sai de uma comunidade e vai para outra. Chuvisco foi meu ritmista na Estácio e era o cara que dava o andamento para mim na bateria durante a gravação (do CD de sambas-enredo), no esquenta da bateria. Fico muito feliz por ele estar à frente da bateria da Vila Isabel", elogiou Ciça.

Também muito experiente, mestre Rodney opinou sobre o andamento escolhido por Chuvisco para a condução da bateria da Vila. Para o mestre da Beija-Flor, trata-se de uma escolha do mestre, em acordo com a agremiação, que deve ser respeitada. "O Chuvisco é um amigo. É um menino trabalhador, do bem e talentoso. O trabalho dele é bom, independentemente do andamento escolhido para a bateria: é uma opção da escola levar o samba de forma mais alegre. O negócio é não prestar atenção no que as pessoas falam e trabalhar".

Empenhado na busca pelas notas máximas na Mangueira, o mestre Rodrigo Explosão também elogiou o trabalho do amigo e afirmou que vai ficar contente se Chuvisco e outros colegas que defendem o quesito também conquistarem o objetivo almejado. "A gente sabe como é difícil montar uma bateria. Só quem trabalha dentro de uma sabe o quanto é complicado. Chuvisco está chegando na casa agora, mas todo mundo na Vila sabe o potencial que ele tem. Somos rivais só durante o carnaval e de escola para escola, mas a amizade continua. Se todo mundo puder tiver 40, para mim é o suficiente. Queremos ver o melhor de cada um", afirmou o mestre, que estava acompanhado de Vitor Art, também responsável pela bateria da verde e rosa.

Ensaiando quatro vezes por semana (são dois treinos de rua, um de quadra com a comunidade e outro reservado só aos ritmistas), a bateria da Vila cruza a Sapucaí sob o comando de Chuvisco na busca por gabaritar o quesito, após 12 anos sem conquistar esse feito.
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